24.6.16

Sem Emenda - As Minhas Fotografias

Fachada do Banco de Comércio, em Caracas, Venezuela (1971) – Eram outros tempos. No princípio da década de 1970, Caracas era uma cidade de incrível agitação. Tráfego automóvel infernal. O petróleo reinava. Preparava-se a sua nacionalização. É um enorme território (quase um milhão de Km2), com relativamente poucos habitantes (cerca de 30 milhões). É um dos dez maiores produtores de petróleo. Uma das maiores reservas de gás e petróleo do mundo. Tem uma das maiores barragens hidroeléctricas. Um país inesgotável de riqueza. O mais importante cliente de computadores Magalhães. Bairros de lata e favelas de dimensão apocalíptica. A história recente deste país é uma sucessão de euforia, riqueza, pobreza, quedas, rupturas, golpes, ditaduras, crises e miséria. Hoje tem talvez a mais alta inflação do mundo. Desordem conhecida. Permanente ameaça de desastre. Presos políticos e agitação constante. Racionamento de comida, água, pão, arroz, luz eléctrica, gasolina… Um pesadelo.
DN, 19 de Junho de 2016

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3 Comments:

Blogger Ilha da lua said...

Visitei a Venezuela nos seus tempos áureos. No entanto, a diferença abissal entre ricos e pobres não vaticinava nada de bom...E, como mais tarde se viu foi um terreno fértil ao aparecimento de um líder populista e utópico

24 de junho de 2016 às 11:18  
Blogger José Batista said...

Este comentário foi removido pelo autor.

24 de junho de 2016 às 11:32  
Blogger José Batista said...

Eu diria que Hugo Chavez, apesar de carismático, era um louco. Fez-me sempre impressão como é que pessoas como Mário Soares puderam apoiar algumas das suas políticas, especialmente o silenciamento dos meios de comunicação. Já a "relação próxima" com Sócrates e o negócio dos Magalhães, achei-os próprios daquelas duas figuras, por diferentes motivos, todos eles maus.
Quanto a Nicolas Maduro, parece-me que, além de completo irresponsável, é um criminoso.
Pobre Venezuela, que tais líderes tem.

24 de junho de 2016 às 11:35  

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