25.4.16

Sem Emenda - As Minhas Fotografias

Chegada de soldados da Guiné a bordo do Niassa – No Verão de 1974, nas docas da Rocha do Conde de Óbidos, este navio prepara-se para desembarcar umas centenas de soldados acabados de chegar da Guiné. É uma das últimas viagens de regresso de soldados daquela colónia, que será independente poucos dias depois, a 24 de Setembro. No cais, o ambiente era de grande emoção, mas emoção alegre, percebe-se porquê. Foram momentos inesquecíveis para os que chegavam, os que esperavam e os que assistiam. Não muito longe dali, começam a empilhar-se os primeiros contentores com os bens dos repatriados e retornados. O navio Niassa serviu a tropa portuguesa durante uns anos nas suas viagens para o Ultramar. Assegurava parte do transporte de soldados para a Guiné, Angola e Moçambique. Em Abril de 1974, duas semanas antes do 25, as Brigadas Revolucionárias fizeram explodir uma bomba a bordo deste navio. O rombo não foi grande. O barco partiu à mesma, logo na manhã seguinte. Já lá vão mais de quarenta anos!
DN, 24 de Abril de 2016

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7 Comments:

Blogger José Batista said...

Acabei de dar conhecimento ao meu amigo António Bastos. Em Abril de 74 ele ainda estava na Guiné, onde era Alferes e comandava um pelotão de soldados, mais as milícias de indígenas. Fala muito das experiências da guerra, de forma serena, muito lúcida e comovente. Ouvi-lo falar da estupidez e ignorância dos superiores, com excepção de Spínola, do modo como lidava com o medo e as reacções intempestivas dos soldados, do escrúpulo e respeito com que tratava os negros (que o olhavam com bonomia) e das cambiantes culturais das diferentes etnias, é um um prazer associado a lições que recebo com muito gosto.

25 de abril de 2016 às 19:24  
Blogger SLGS said...

José Baptista, deu conhecimento de quê?
- Que esta foto foi publicada?
- Que o NIASSA havia sofrido um atentado?
- Que o navio, apesar de sabotado, partiu?
- Que havia mais pessoas inteligentes para além de Spínola?
- Que o NIASSA fazia transporte de tropas?
- Que havia alegria nas chegadas, como tristeza nas partidas?
.......................................
Admiro a atitude muito louvável do seu amigo Antonio Bastos, perante as circunstâncias, só não percebo qual a NOVIDADE que lhe deu.

27 de abril de 2016 às 15:58  
Blogger José Batista said...

SLGS:

Como o meu Amigo não liga peva à internet, dei-lhe simplesmente conhecimento do "post" publicado por António Barreto, porque, curiosamente, tinha tido uma conversa com ele sobre a gerra na Guiné havia pouco tempo. Se não se sentir esclarecido, tenha a bondade de dizer.

Já agora, uma vez que é tão pormenorizado nas suas interrogações, posso pedir-lhe que escreva o meu nome correctamente? Se a (sua) razão for o chamado novo acordo ortográfico (de quem, com quem, em nome de quem?), esclareço que não conheço ninguém mais contra do que eu... Muito obrigado.

27 de abril de 2016 às 18:18  
Blogger SLGS said...

Meu Caro
Estou esclarecido!
Quanto ao "Baptista" foiu assim que o aprendi a escrever e, sem sentir, as teclas correram. Minhas desculpas.
Para terminar:
Um abraço, meu caro José Batista

27 de abril de 2016 às 19:21  
Blogger SLGS said...

Errata:
foi, em vez de "foiu"
As teclas correm...

27 de abril de 2016 às 19:24  
Blogger José Batista said...

Caro SLGS

Tudo está bem quando acaba bem, entre pessoas de bem.

Retribuo o abraço.

JB

27 de abril de 2016 às 21:10  
Blogger Ilha da lua said...

Niassa...Transporte de tropas e dos primeiros contentores dos "retornados"
Guerra colonial ,descolonização..
Assuntos que mereciam um amplo debate, para uma consciencialização da nossa história recente. Talvez, também contribuísse para que as nossas relações com as ex-colónias não fosse tão controversa.

1 de maio de 2016 às 01:20  

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