28.1.16

«Raiva e Orgulho» e «A Força da Razão»*

Por C. Barroco Esperança
Dezassete mil milhões de euros chegam para curvar um governante europeu perante um prócere do fascismo islâmico, mas são insuficientes para humilhar a civilização que nos distingue e calar a raiva perante a submissão aos devotos do beduíno amoral, designado  profeta. A força da razão há de impor-se, com orgulho, na Europa que tolera a burka a quem vem e não exige o respeito pela minissaia nos países de onde vêm.
Hossain Rohani, presidente iraniano, chegou a Itália, com o peso dos petrodólares, e fez tapar a Vénus Capilolina, imponente cópia de uma escultura grega tardia derivada de Praxíteles. A sua perfeição e a pudicícia com que, à saída do banho, as próprias mãos a cobrem, é a apoteose da beleza eternizada na alvura do mármore, a exaltação do corpo feminino no talento exuberante do escultor grego de quem foi copiada.

A estátua que extasiou Bento XIV, que a comprou, e Napoleão, que a levou para Paris, fascina hoje quem a visita nos Museus Capitolinos, em Roma. Não pode o prócere de uma civilização decadente humilhar-nos com o pudor a que a sua fé o obriga.
Não foi uma estátua que foi tapada, foi injuriado o corpo feminino, amaldiçoada a arte e humilhada a civilização, pela incultura e preconceito.
A caixa que escondeu a Vénus Capitolina é a metáfora da civilização que se submete à barbárie, da cultura greco-romana que se acostuma à cópia grosseira dos preconceitos judaico-cristãos, da burca que ameaça tornar-se obrigatória, a tosca tentativa da sujeição aos cinco pilares de uma religião que espalha o terror.
Esses toscos criaram um Deus pior do que eles e, em seu nome, abominam a música, a dança, a pintura, a arte, em suma, a civilização. Se deixarmos, começam por mutilar as estátuas antes de nos trucidarem. Às masculinas amputam os falos e às femininas mutilam a genitália. Até a pilinha do Menino Jesus fica em perigo, decepada às mãos de um troglodita.
Em nome da tolerância não se pode ceder na liberdade, sob pena de perdermos ambas e voltarmos ao opróbrio da submissão ao Deus que outros criaram e o seu clero explica.
* Livros de Oriana Fallaci, escritora e célebre jornalista italiana, contra o Islão.
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3 Comments:

Blogger José Batista said...

Sim, concordo com o texto. Vamos cedendo, cedendo e tudo pode acabar mal.
Em concreto, esforçamo-nos por respeitar as exigências de uma cultura que não respeita a nossa cultura. E assim nos desrespeitamos a nós próprios e apoucamos a cultura de que nos devíamos orgulhar.
Tempos tristes.

28 de janeiro de 2016 às 15:21  
Blogger opjj said...

Concordo pela 1ªvez. Finalmente tem um artigo expurgado de rancores e perseguições aos nossos mais altos dignatários.
Vamos ver se isto foi apenas um acidente.

28 de janeiro de 2016 às 16:28  
Blogger 500 said...

Dizem na minha terra natal que quem mais se abaixa mais se lhe vê o cu.

28 de janeiro de 2016 às 19:48  

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