14.4.14

Problema dela e problema nosso

Por Carlos Fiolhais
A actual Presidente da Assembleia da República, Maria da Assunção Esteves, é  bem o retrato do grau de indigência da maior parte da nossa actual geração de políticos. É bem sabido que se trata de uma "reformada de luxo", que recebe uma reforma  relativa a um lugar no Tribunal Constitucional, em vez de receber o salário do lugar que ocupa, correspondente ao de segunda figura do Estado. Não tem  capacidade nem de pensamento nem de discurso, tendo chegado ao ponto de inventar palavras talvez por desconhecer as existentes. Não tem a mínima sensibilidade política para se aperceber que devia representar todos os portugueses. Não tem qualquer sensibilidade social, que seria o mínimo exigível nestes tempos penosos.  Ao dizer, como agora disse de forma sumária e intempestiva, que o problema da não comparência dos "capitães de Abril" na cerimónia oficial de comemoração dos 40 anos do 25 de Abril era um "problema deles", não podemos deixar de concluir que não está, de facto, à altura do lugar que ocupa. Mesmo que não concordasse com as pretensões dos autores materiais do 25 de Abril, há formas mais elegantes de se expressar do que essa, mais própria de uma conversa de rua. Desprestigiou a Assembleia da República quando o seu papel era o de prestigiar. É, decerto, um problema dela, mas é, sobretudo, um problema nosso, enquanto a tivermos em S. Bento.

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2 Comments:

Blogger José Batista said...

Assunção Esteves não está mesmo à altura do lugar que ocupa, e pelo qual não precisa de receber. Nem nunca esteve. E não é provável que alguma vez venha a estar.
Eu fui dos que vi com bons olhos a sua eleição. Arrependo-me. E receio que tenhamos (cada vez) mais problemas com a senhora. Será que ela conseguiria perceber que o seu desempenho é um... "inconseguimento". E alguém haverá que a ajude a perceber?
Se fôssemos muitos a emitir esta opinião... Digo eu.

14 de abril de 2014 às 23:31  
Blogger José Batista said...

Como escrevi mal no comentário anterior:

Eu fui dos que viram..., devia ter escrito.
A seguir a "inconseguimento" devia estar uma interrogação.

Muitos erros em poucas linhas. Culpa minha.

16 de abril de 2014 às 12:16  

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