26.6.13

Apontamentos de Lisboa

Av. Pascoal de Melo
Av. Almirante Reis
Sente-se um cheirinho a eutanásia quando vemos uma árvore (eventualmente velha e doente) a ser abatida. Mas quando isso sucede em massa (como é o caso na Av. Pascoal de Melo), já parece mais uma solução final - especialmente se, ali próximo, nem as mais novas escapam às moto-serras dos zelosos mata-árvores!

2 Comments:

Blogger José Batista said...

E a esses "zelosos mata-árvores" ninguém ensinou a usar devidamente uma moto-serra? Para que ficam lá os tocos?
A não ser que seja para evitar o estacionamento dos carros em cima dos passeios...
Deixaram de gostar de árvores, os portugueses.

Deixo a "oração da árvore" de autor desconhecido:

Tu que passas e ergues para mim o teu braço,
Antes que me faças mal, olha-me bem.
Eu sou o calor do teu lar nas noites frias de inverno;
Eu sou a sombra amiga que tu encontras
Quando caminhas sob o sol de agosto;
E os meus frutos são a frescura apetitosa
Que te sacia a sede nos caminhos.
Eu sou a trave amiga da tua casa,
A tábua da tua mesa, a cama em que tu descansas
E o lenho do teu barco.
Eu sou o cabo da tua enxada, a porta da tua morada,
O aconchego do teu berço e a madeira do teu caixão.
Eu sou o pão da bondade e a flor da beleza.
Tu que passas, olha-me e não me faças mal.

26 de junho de 2013 às 13:45  
Blogger Agostinho said...

Poderá ser uma política de dois em um, provando-se, assim, a inteligência superior dos decisores autárquicos: ao mesmo tempo que se REQUALIFICA a urbe impede-se o acesso dos pó-pós ao passeio público que foi concebido para uso dos peões. Ou poderá haver outra razão: a equipa da moto-serra padecer de maleita degenerativa da coluna vertebral.
De qualquer forma o que é importante é REQUALIFICAR: haverá uma empresa a fazer o projeto e um viveirista com novas árvores para vender: estimula-se a economia!
Neste país parece que já está tudo feito, faz-se e desfaz-se com a ligeireza dos néscios para bem do déficit.

AJ

AJ

26 de junho de 2013 às 14:39  

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