23.8.12

Porta Nova (11) - Quando uma cigana fez o papel das cegonhas

Por A. M. Galopim de Carvalho
EU TINHA sete anos, idade suficiente para andar na Escola, mas a minha mãe entendia que eu era muito pequenino para me sujeitar ao desabrigo gélido e húmido de São Mamede e às reguadas dos professores que, no dizer do meu irmão Mário, que já lá andava, eram uns desalmados especialistas em zurzir crianças. Assim, entre o aprender o bê-á-bá, pela Cartilha Maternal, do João de Deus, e decorar a tabuada, ao lado dela, enquanto costurava, e o conviver com os meus amigos artesãos de muitas profissões na Porta Nova e o brincar aos caixeiros na mercearia do Anselmo, os meus dias corriam felizes. Sendo o mais novo de uma família de cinco filhos, com as suas dificuldades, numa casa que não era grande, ainda dormia no quarto dos pais.
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