21.2.12

O saco do dinheiro

Por A. M. Galopim de Carvalho

A TIA Floripes não estudara, tal como as restantes irmãs da minha mãe. Ir à escola não se usava nos tempos em que foram meninas. Apenas a minha mãe, muito mais nova, nascida já no século XX, e um outro irmão, chegado ao mundo ainda mais tarde, puderam frequentar a escola e aprender a ler e a escrever.
Esta minha tia casara com um corticeiro e, como era regra das famílias dos operários dessa profissão, vivia com muitas dificuldades para criar cinco filhos a comer, a vestir e a calçar. Contava a minha mãe que o velho Silva, o pai do marido e meu tio por afinidade, era um homem mau e avarento. Nunca a ajudara, nem a ela, nem ao filho, nem aos netos. Ao que se dizia, o velho vivera bem, com desafogo, e tinha pé-de-meia. (...)
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