30.4.11

Que se lixe o lixo!

ESTE local é um dos muitos referidos nos Prémios António Costa (trata-se do Local E - ver [aqui]), e cuja anomalia foi, felizmente, já corrigida (como lá se indica, em 'actualização'). A foto mostra o ecoponto já colocado na posição correcta (deixou de bloquear a saída de emergência do Centro Comercial Acqua!), e uma senhora que acaba de colocar o seu lixo na berma do passeio - como se fosse a coisa mais natural do mundo.

A ideia de que «com gente desta não há nada a fazer» é, para mim, cada vez mais clara.

6 Comments:

Blogger Bmonteiro said...

Que diria um europeu de um país civilizado, vindo da antiga Prússia ou de um dos Estados limítrofes,
ao ver esta limpeza?
Uma capital no norte de África, onde nem um local próprio para os caixotes de lixo é incapaz de apresentar?
Que se lixem.

1 de maio de 2011 às 10:26  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Há muita gente que coloca assim o lixo, mas recatadamente (de noite, ou às escondidas...)

O que me chamou especialmente a atenção foi o à-vontade desta madame das 'avenidas novas', a fazê-lo à vista de toda a gente.

O que sucede é que não há censura pública; essa "toda a gente" também não estranha. Nem uma palavra, nem mesmo um olhar de censura.
Quando muito, até se espantam por me verem - a mim! - a fotografar estas cenas!

1 de maio de 2011 às 11:16  
Blogger GMaciel said...

Caro CMR, com o mau feitio que me é conhecido, já dei uma rodada de "porca", alto e bom som, em três ocasiões: duas por depositarem o lixo no chão estando o contentor quase vazio, e outra a uma "madame" que viu o cão defecar à minha porta e seguiu sempre ao telemóvel.

Resultado? Nem olharam para mim e estugaram o passo, afastando-se.

Só mesmo atirando o lixo ou as fezes dos animais para cima de semelhantes "pessoinhas".

1 de maio de 2011 às 16:09  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

GMaciel,

Este é o tipo de situações que não se resolve com multas, mas sim com a "censura social".

Para que isso suceda, é necessário que uma maioria da população considere que o procedimento é condenável.

Isso obriga a uma evolução civilizacional que pode ser muito lenta.

Hoje em dia, p. ex., ninguém urina na rua. E mesmo escarrar é raro.
Mas quando eu era miúdo isso não era tão raro assim...

1 de maio de 2011 às 16:28  
Blogger Normano said...

Reflito muito sobre esta questão "cultural" portuguesa.É pena porque também estes aspetos contribuem para a qualidade de vida, ou falta dela, sem precisar de incrementos do PIB e muito menos fabricar sputniks. Mas é assim. Concordo que o problema não é só dos autores destas incivilidades mas da esmagadora maioria de nós que nem o tal olhar reprovatório lhe dedicamos

2 de maio de 2011 às 14:24  
Blogger FAIRES said...

Caro,
Não há a mais pálida dúvida que somos um país e temos uma sociedade onde este tipo de principios não existe. Trabalho na área e todos os dias me vejo confrontado com este tipo de problemas. A minha posição até deveria ser contrária dado que daqui depende o meu ganha pão. Mas a empresa que represento tem a política e postura correcta de Sensibilizar para a correcta actuação em Sociedade, ensinando diariamente, os procedimentos correctos. Nada resulta, mas também desistir não serve. Por isso, contraria mente ao que se comenta acima, a Censura Social é inóqua porque para o "javardo" não existe o complexo de censura social. Enquanto não acontecerem coimas como deve ser, não vamos a lado nenhum. Enquanto quem mais cumpre e protege, pagar mais, não resolvemos esta situação. É que na maior parte dos municipios a fracção para o Saneamento é calculada tendo em conta o consumo da água. Assim se tomo banho todos os dias, pago mais porque sou mais limpo... Como dizia o nosso amigo Fernando Pessa... E esta ???

2 de maio de 2011 às 16:03  

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