22.3.11

Perguntas

Por João Paulo Guerra

POR QUE é que são sempre os EUA que desencadeiam guerras e porque é que as guerras são sempre em regiões do mundo produtoras de petróleo, de gás, ou de trânsito de gás e petróleo?
Por que é que tudo isto acontece, estejam no poder nos EUA republicanos broncos ou democratas um pouco mais envernizados? Por que é que há sempre um pretexto - mesmo que o pretexto seja uma patranha da dimensão das armas de destruição maciça no Iraque - que os EUA impõem e os aliados amestrados aceitam sem uma ponta de vergonha? Por que é que estas guerras não têm fim? Será, como disse um soldado norte-americano numa conferência de imprensa recente, que importante é vender a guerra e não tanto vencê-la, pois assim é que os mercadores da morte despacham os artigos dos catálogos? E se, como diz o mesmo soldado, nem a grande maioria das pessoas que vivem nos EUA nem os próprios soldados têm o que quer que seja a ganhar com estas guerras, quem são os vencedores das guerras? Para onde vão os 450 milhões de dólares gastos por dia nestas guerras, sendo certo que não vão para os americanos pobres que são arregimentados e mandados fazer a guerra contra os pobres de outros países? E quem acredita que o soldado que deu a conferência de imprensa, e que apareceu morto dois dias depois, tenha falecido de um ataque cardíaco? E se a guerra no Iraque não terminou, nem se vê no horizonte quando vá terminar, quando terminará a guerra na Líbia? E quem ficou com o ‘franchising' do conflito no Barhein, capaz de transferir para a Arábia Saudita a aventura de atacar o Irão? E quando uma dúzia de caquéticos accionistas de duas dúzias de pútridas corporações dominarem um cenário apocalíptico, um ambiente devastado, quem se proclamará vencedor da luta final, da guerra definitiva? E para quê?
«DE» de 22 Mar 11

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2 Comments:

Blogger José Batista said...

Boas perguntas, sem dúvida.

22 de março de 2011 às 19:04  
Blogger António Viriato said...

Então o democrata esclarecido Obama não terá também direito á sua Guerrinha, como aliás o teve o devoto Bill Clinton, o tal que à saída das missas dominicais repetia à exaustão que estava arrependido das brincadeiras da sala anexa à sala oval, com a menina Mónica, ingénua estagiária de serviço ?

Felizmente que o cowboy do Texas já não se encontra aos comandos da política norte-americana. Que diferença abissal...

23 de março de 2011 às 22:21  

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