23.1.11

Simplex

Por Helena Matos

O PORTAL do MAI para se saber onde se vota está em baixo.
O serviço de sms não funciona.
O n.º do MAI para estes casos não atende.
Existem secções de voto com filas de duas horas para se saber o n.º de eleitor.
As secções de voto estão a mandar as pessoas para as juntas de freguesia onde novas filas as esperam.
.
NOTA (CMR): a imagem é a que costumo afixar aqui quando o tema é «O estado da informática do Estado»: um bando de miúdos a brincar com coisas sérias, perante a perplexidade do cidadão comum, que lhes paga as garotices. Neste caso, o "N" (de Netscape...) talvez queira dizer "Não votarás!"

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5 Comments:

Blogger José Batista said...

Ele há simplexes complicadexes.
Nas pequenas como nas grandes coisas, sempre a mesma competência...
Enfim, uns valentes. E muito esclarecidos.
Ah, o que a gente lhes deve!

23 de janeiro de 2011 às 19:40  
Blogger Karocha said...

Cara Helena Matos
No dia 22 não estava em baixo e posso provar!
Cumprimentos

24 de janeiro de 2011 às 01:11  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

No seu blogue, Vital Moreira escreve:

«Fui um dos muitos eleitores surpreendidos pela verificação de que o meu número de eleitor tinha sido alterado na sequência da substituição do bilhete de identidade pelo cartão de cidadão, apesar de não ter mudado de freguesia de residência nem de secção de voto.
Há três perguntas que a administração eleitoral (MAI) tem de responder:

a) Qual a razão e justificação para a arbitrária mudança de número de eleitor nesses casos, se nada mudou para efeitos de votação?

b) Como é que a administração eleitoral muda o número de eleitor sem comunicar imediatamente essa mudança aos cidadãos interessados e sem os informar do novo número, infringindo um elementar dever de informação administrativa?

c) Uma vez que o recenseamento eleitoral passou a ser automático e efetuado por via electrónica, que sentindo faz manter um número de eleitor específico, em vez de organizar os cadernos eleitorais de cada eleição por ordem alfabética dos residentes com capacidade eleitoral em cada freguesia ?

Estas perguntas não podem passar sem resposta. Não se pode brincar com os direitos eleitorais dos cidadãos.»

24 de janeiro de 2011 às 10:58  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Pelas consequências que pode vir a ter (na medida em que atira as culpas da bronca para o Governo/MAI), é muito importante o comunicado da Comissão Nacional de Eleições acerca deste assunto:

-

«COMUNICADO

A Comissão Nacional de Eleições foi confrontada com um elevado número de pedidos de intervenção de cidadãos que, pretendendo exercer o seu direito de voto, solicitavam informação precisa sobre os seus dados constantes do recenseamento eleitoral; de tal modo que não é possível aferir a verdadeira dimensão deste problema.

A Comissão, em cujos poderes se não insere a administração da base de dados do recenseamento eleitoral, encaminhou os eleitores para a entidade competente, a Direcção-Geral de Administração Interna, pelos canais por esta anunciados como disponíveis.

Constatou-se, ainda, que estes canais de informação responderam com uma dilação de tempo significativa, pelo que não foi possível a um número indeterminado de cidadãos aceder à informação necessária em tempo útil.

A Comissão Nacional de Eleições recomenda que, em futuros actos eleitorais, os dados constantes do recenseamento eleitoral possam, de forma eficaz e em tempo útil, ser acessíveis a todos os cidadãos que o solicitem, só assim se assegurando o livre e representativo exercício do direito de voto, constitucionalmente consagrado.

23 de Janeiro de 2011
Comissão Nacional de Eleições»

24 de janeiro de 2011 às 13:18  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

«Em 2009 havia um milhão de pessoas com Cartão do Cidadão e todas receberam cartas a informar o número de eleitor. Agora, há cinco milhões com Cartão do Cidadão e no actual contexto de contenção seria complicado enviar cartas para todos, custaria 1,5 milhões de euros a 30 cêntimos a carta»

24 de janeiro de 2011 às 14:27  

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