24.1.11

Luz - Santuário de Nossa Senhora do Cabo Espichel, 1978

Fotografias de António Barreto- APPh

Clicar na imagem, para a ampliar
.

Vista geral do santuário. É um dos sítios mais maravilhosos de Portugal. Difícil fazer lá qualquer coisa que permita um uso contemporâneo ou uma “requalificação”. Os acessos não são fáceis. Não há praias nem “apoios de praia”que chamem os turistas. Os ventos podem ser medonhos. As encostas e as falésias desencorajam os mais aventureiros. Mas talvez todas essas dificuldades tenham sido razão suficiente para afugentar os mercadores, os modernizadores e outros patos bravos... Pena é que parece estarmos condenados a um dilema fatal: ou ruína ou selvajaria moderna!
A primeira ermida data do século XIV. A igreja foi construída no século XVII. De cada lado da igreja, há duas enormes construções de hospedaria para os peregrinos. Com excepção da igreja, reparada há poucos anos, todo o conjunto está em mau estado. Paredes caídas, azulejos vandalizados, aqueduto parcialmente demolido, “casa de água degradada”... É a nossa sina!

Etiquetas:

2 Comments:

Blogger Fernando Ribeiro said...

Os terrenos situados junto do santuário, assim como outros (vastíssimos) terrenos no Meco, Lagoa de Albufeira e por aí fora, já estão todos nas mãos de uma imobiliária. Ah, pois é! Ela só está à espera da melhor oportunidade (incluindo alterações à legislação) para fazer uma "modernização" à sua moda, à semelhança do que ela mesma fez no passado em Almada, Corroios, Cruz de Pau, Amora, Arrentela, etc. etc. etc. Como se vê nestes lugares, que bem que ela sabe "modernizar"! :-(

24 de janeiro de 2011 às 19:12  
Blogger Bartolomeu said...

E os milagres que se contam entre as gentes do mar, de Sesimbra?!
E a festa anual em honra de Nossa Senhora do Cabo, em que participam os pescadores com os seus barcos engalanados e rumam a caminho do Cabo?
Desde Setúbal ao Cabo, toda a costa apresenta vestígios da presença de várias civilizações, sendo ma delas a muçulmana. Conta a lenda que após a conquista cristã, alguns arabes se refugiaram nas múltiplas grutas existentes ao longo da costa, tornando-se aí eremitas, despojando-se de todos os bens, procurando o "nada". Talvez seja esse "espírito" que preside às mentes a quem compete preservar o patrimonio histórico e religioso do nosso país, deixando que o local do santuário esteja a ser votado ao abandono e degradação, com a ajuda muito "eficaz" dos moinantes que o frequentam.
Durante alguns anos ensinei vela no clube naval de Sesimbra e nessa altura tive ocasião de ouvir, contados pelos pescadores, milagres de outros tempos em que as barcas de pesca eram construídas em madeiras grossas e armavam vela de carangueja e, dos tempos actuais, em que mares se levantavam do nada, levando a que os pescadores se ajoelhassem no convés evocendo a imagem de Nossa Senhora, rogando-lhe pelo milagre que lhes salvasse a vida.

25 de janeiro de 2011 às 11:55  

Enviar um comentário

<< Home