20.5.10

Luz - Lisnave, reparação naval

Fotografias de António Barreto- APPh

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Idealizada nos anos sessenta, a pensar no petróleo de Angola, nas rotas de petroleiros pelo Atlântico (quando o Canal do Suez estava fechado) e na escala colossal dos petroleiros (previam-se que ultrapassariam 1 milhão de toneladas!), a Lisnave foi uma verdadeira jóia da Coroa, para utilizar o lugar-comum. Depois, tudo correu mal. Angola ficou independente. O Suez reabriu. Os desastres marítimos, os acidentes ecológicos e as preocupações ambientais obrigaram a construir petroleiros mais pequenos. A famosa doca seca de 1 milhão de toneladas ficou sem uso directo, era necessário colocar vários barcos ao mesmo tempo. A revolução e o radicalismo dos operários da Lisnave ajudaram ao fim. Depois de aventuras estranhas, a Lisnave sobrevive, mas em Setúbal, onde parece ter de novo actividade próspera. Mas ali, na Margueira, sobram os restos de um sonho e de uma ambição desmedida. Creio que não completou vinte anos de actividade. (1980)

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