20.5.10

A história de uma visita papal

Por C. Barroco Esperança

NUM BAIRRO de 44 hectares habitava um cardeal que a idade e o múnus tornaram casto. Na adolescência passou pela juventude hitleriana onde a disciplina o moldou.

Despida a farda, perdida a guerra, vestiu a sotaina onde não faltaram adereços com que a hierarquia o foi adornando. João Paulo II, papa polaco, viu nele o bispo ideal para lhe guiar a Prefeitura da Sagrada Congregação para a Doutrina da Fé (ex-santo Ofício).

A idade canónica para a resignação (75 anos) não o removeu das funções. Com o prazo de validade excedido o Papa nomeou-o Decano do Colégio Cardinalício, quiçá grato pela preparação do Catecismo da Igreja Católica de que o havia encarregado. (...)

Texto integral [aqui]

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2 Comments:

Blogger GMaciel said...

Não podia estar mais de acordo com o texto. Se dúvidas houvesse sobre sermos governados e representados por parolos, estas ter-se-iam desfeito.

O Estado esteve mal, muito mal, quer na parolice de Sócrates com as tolerâncias de ponto, quer na parolice sebosa do casal presidencial.Isto para já não falar nos 75 milhões que nos custaram esta visita - entre embelezamento, publicidade, segurança, deslocações, etc, etc, do papa.

E diz a Constituição sermos um Estado laico.

20 de maio de 2010 às 11:34  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Numa altura em que tanto se fala (e bem) das dificuldades que o país atravessa, governo e autarquias também não arranjaram melhor ideia do que decretar tolerâncias de ponto (um eufemismo para "feriados")em todo o território!

20 de maio de 2010 às 17:27  

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