22.2.10

Situação

Por João Paulo Guerra

Já viram o que dá mexer num negócio de sucatas em Portugal?
QUASE CAI O GOVERNO, rolam umas tantas cabeças, desvendam-se mais uns quantos ‘boys' e respectivas sinecuras, atinge-se a credibilidade de um dos maiores potentados económicos e financeiros do país na questão central da participação do Estado, chega-se ao financiamento dos partidos e das campanhas eleitorais, aos pagamentos por baixo do balcão e para cima do ‘offshore', atinge-se mesmo um dos fundamentos essenciais da democracia, a liberdade de expressão e de imprensa. E tudo isto assente em escutas telefónicas a suspeitos negócios de sucatas.
Pode então tirar-se uma conclusão perturbante: a democracia tem os pés na sucata, assim como cada vez mais democratas têm as mãos nas massas. Ou será que a democracia foi para a sucata? (...)
Texto integral [aqui]

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4 Comments:

Blogger Manuel Brás said...

... numa democracia sucateira

Nesta teia imbricada
de relações perigosas
sendo tal a macacada
de personagens fungosas.

Nos arquivos envelhecidos
após décadas desgarradas
os casos serão esquecidos
por falsidades desterradas.

A sucata regimental
destes anos conturbados
mostra o valor do metal
para gestores babados.

Estes negócios sucateiros
são, de facto, sintomáticos
de jogadores batoteiros
e contornos esquemáticos.

22 de fevereiro de 2010 às 20:16  
Blogger GMaciel said...

"Ou será que a democracia foi para a sucata?"

Pois!

Ou como disse alguém, algures pela blogosfera, isto tudo não passa de um "fed-e-vair".

:(

23 de fevereiro de 2010 às 13:03  
Blogger Sepúlveda said...

Fed? Não! Fede! É um mau cheiro a podre que já não se aguenta.
Não é solução, mas podemos fingir que não nos afecta como temos tentado fazer nas últimas décadas.

23 de fevereiro de 2010 às 14:24  
Blogger GMaciel said...

"É um mau cheiro a podre que já não se aguenta."

O problema, caro Sepúlveda, é que a pestilência parece não afectar uma grande fatia da nossa sociedade (como o autor do impagável fed-e-vair). Será fingimento ou falta de olfacto?

23 de fevereiro de 2010 às 15:05  

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