31.5.09

SABENDO-SE que esta 'notícia' é de 1936, alguém quer explicar qual o fundamento do que se diz no 2.º parágrafo?
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NOTA: acaba de ser actualizado o Blogue-Arquivo Humor Antigo com as anedotas ilustradas 5 a 16 do ano 1936.

Hoje há Banco!

Por António Barreto
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TODOS OS ANOS, por esta altura, depois dos Jacarandás, antes do Verão: a campanha do Banco Alimentar está na rua. Ou antes, nos supermercados e centros comerciais. Umas dezenas de milhares de pessoas, todas voluntárias, preparam-se para recolher toneladas de alimentos que serão depois distribuídos por centenas de organizações de solidariedade. Estas, por sua vez, entregarão os alimentos a centenas de milhares de pessoas. Os voluntários são, em grande parte, jovens, que trazem um ar de festa à operação que, pelas causas, poderia ser circunspecta. Mas também há adultos e mais idosos. São, em maioria, católicos. Mas também há ateus, agnósticos e crentes de outros deuses. Não há a menor influência política ou partidária. A classe média parece ser predominante, mas podem ver-se, tanto nos supermercados como na enorme retaguarda de armazéns, gestores, universitários, trabalhadores, donas de casa, ex-delinquentes, gente obrigada a serviço à comunidade, desempregados e até pobres tão necessitados quanto as pessoas que receberão aqueles alimentos. Os voluntários são a absoluta maioria deste pequeno exército, primorosamente organizado e eficiente. (...)
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Ver texto integral [aqui]

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Foi culpa da gráfica...

RASTREIRO - CÁLCULE - INDICE...
O QUE é preocupante no caso de bojardas como estas é o facto de serem produzidas por empresas - logo, saídas da cabecinha de profissionais.
Mas, que diabo! Já que não têm cuidado, não podiam ter, ao menos, vergonha?!

30.5.09

Quem faz e quem deixa fazer

Ilustração de Gustave Doré para D. Quixote de la Mancha
DESDE os primórdios das sociedades organizadas que as leis que as regem convivem com duas realidades opostas: os que as violam e os que têm por missão evitar que isso suceda. Daí que, quando há um ilícito qualquer, não falte quem aponte culpas, também, a quem o deixou cometer - muito especialmente se a sociedade paga a esses fiscais para, como profissão a tempo inteiro, se dedicarem a essa actividade.
Vem este arrazoado todo a propósito das irregularidades que têm afectado alguns bancos, por esse mundo fora. E, como se sabe, não falta quem peça a cabeça de Vítor Constâncio devido ao que, nesse domínio, se tem passado em Portugal.
Ora, tendo sido feita essa abordagem na passada «Quadratura do Círculo», António Costa respondeu da seguinte forma (cito de memória): «Não há dúvida que, tanto nos casos actuais como no do BCP, houve falhas na supervisão. Mas querer punir o supervisor é o mesmo que querer prender um polícia (em vez do ladrão) por não ter impedido um roubo».
Pois bem, esse exemplo é óptimo!: se foi por incompetência que esse polícia não agiu, ele não deverá ser preso, mas certamente deverá ser afastado das suas funções, porventura mandado lavar carros-patrulha ou varrer o chão lá da esquadra.
Mas o certo é que isso é um bom pretexto para mais um passatempo com prémio:
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NA IMAGEM, vê-se Sancho Pança a administrar justiça na sua ilha. Num desses julgamentos, confrontado com uma queixa de uma mulher, ele aplica uma filosofia que contraria a argumentação de António Costa. Pergunta-se: o que é que estava em causa, e como é que o conflito foi dirimido?
Actualização (20h18m): a resposta certa já foi dada por 'Mg'.
Já agora: ainda dentro do tema «a responsabilidade de quem deixa fazer», veja-se o que se passa mesmo à porta da minha casa, e depois digam-me se aquela rapaziada 'que deixa fazer' não está mesmo a pedir uma boa rabecada - [v. aqui]...

Fraco cofre-forte...

Clicar na imagem, para a ampliar
JÁ QUE tanto se fala de bancos cujos cofres estão vazios (ou 'foram esvaziados', levando o Estado a atirar para lá uns patacos à - ou da... - conta do Zé), aqui fica uma velha anedota, do mesmo ano da anterior (1936), e que talvez possa ser usada como metáfora da referida situação.

Fado, futebol e finanças

Por Ferreira Fernandes

A SOCIEDADE LUSA de Negócios (SLN) contratou Miguel Cadilhe, considerado o José Mourinho das finanças. Ordenado: 700 mil euros por ano. Dá 10 mil contos mês, 14 meses por ano. Gosto do pormenor do brinde dos 14 meses, que permite dobrar os 10 mil contitos, nas férias e no Natal, não ficassem eles curtos nos meses em que se gasta mais. Mas ordenado é ordenado, e o homem precisava de almofada psicológica. Daí, a SLN ter adiantado, à cabeça, 10 milhões de euros para Cadilhe. Leram bem: 10 milhões de euros e à cabeça. Reivindicação justa. Por um lado, é mais ou menos o que Mourinho ganha no Inter. Por outro, ele tinha uma reforma vitalícia por ter trabalhado na administração do BCP e ficava sem ela se, entretanto, encontrasse um biscate. E que trabalho foi esse no BCP, para a tal reforma vitalícia? Dois anos. Adiante, a SLN cobriu, pagou os 10 milhões. Isto é, de tanga, a SLN pediu à sua casa mãe, o BPN, o dinheiro. Deram-lho, claro. Mais buraco, menos buraco, o BPN é generoso. A SLN e o BPN afundaram. O José Mourinho, o vero, ganhou o campeonato italiano.

«DN» de 30 de Maio de 2009

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NÃO SERÁ grande consolo, mas também não faz mal nenhum saber-se que, quando falamos em crise, despedimentos, poupança de energia, etc, não estamos a ser muito originais.
É por isso que a nova série de anedotas do blogue-arquivo Humor Antigo, tendo terminado o Ano de 1922, iniciou o de 1936 com a afixação de algumas alusivas a esses temas, como a que aqui se vê. Ah!, e ainda se juntou uma curiosa notícia acerca da influência positiva que a crise teve no desenvolvimento do ping-pong, em detrimento do bilhar!

Provador – ou provador?

Por Antunes Ferreira

QUE RAIO DE PALHAÇADA é esta? Depois, venham queixar-se. Quem? Os partidos políticos que tentam jogar desesperadamente na Assembleia da República o tema do Provedor de Justiça. Principalmente o PS e o PSD; mas também os outros que disfarçadamente assobiam para o lado, criticam os dois e fingem que têm solução – quiçá na manga. Mas, não têm.

O Provedor tem de ser eleito por 147 deputados. Não há volta a dar. Para tanto, os dois «maiores» têm de chegar a um entendimento. A que não chegaram, pelo menos até ontem. Cada um puxa a brasa à sua sardinha. E Henrique Nascimento Rodrigues já há dez meses e picos que devia ter sido substituído. Dizia, ontem ainda, que ele iria renunciar, depois de conversas com Cavaco Silva e Jaime Gama. Já não lhe basta a espera inqualificável. Ainda por cima, está doente. (...)

Texto integral [aqui]

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29.5.09

Passatempo-relâmpago

ESTAS DUAS quadras de seis sílabas têm uma curiosa história que a seu tempo se desvendará. Antes disso, no entanto, vão servir para um passatempo-relâmpago que admite três formas diferentes de participação: trata-se de acertar em qualquer uma das três perguntas seguintes:

A- Qual o nome do autor verdadeiro?
B- Qual o nome da pessoa que se limitou a dar o nome?
C- Em que ano foram publicadas?


NOTA: cada leitor poderá responder às questões que quiser (a uma, a duas ou a todas) mas, para cada uma delas, só poderá dar uma resposta. O passatempo não tem hora nem data-limite para terminar. O prémio, a atribuir ao primeiro leitor que der uma ou mais respostas certas, será um exemplar de Os meus Amores (de Trindade Coelho) ou de Menina e Moça (de Bernardim Ribeiro), Ed. JN.
Actualização-1 (30 Mai 09/10h22m): ver comentários 2 e 3, nomeadamente o anúncio da 2ª fase do passatempo. Actualização-2 (14h33m): para encerrar de vez este passatempo, informa-se os interessados de que, a partir das 15h, poderão encontrar as respostas [aqui], num curioso documento que explica toda a história destas pobres quadras. Nada obsta a que, no seguimento da leitura desse texto, se responda às questões 'A' e 'C'. Mas - atenção! - a partir desse momento (15h00m), o prémio só será atribuído a quem der essas duas respostas em falta.
Actualização-3 (14h59m): a resposta 'A' foi dada ainda antes das 15h, pelo que o passatempo terminou. Ufa!!

Juizinho, e é se querem!

Por Joaquim Letria
DURÃO BARROSO foi tratado por cima da burra pelo presidente russo Dmitri Medvedev e pelo primeiro-ministro chinês Wen Jiabao, nas respectivas cimeiras da União Europeia com a China e a Rússia, em Praga.
Nem um nem outro tiveram papas na língua e ambos remeteram a Europa para Bruxelas a toque de caixa, com Barroso e Solana de rabo entre as pernas, acolitados pelo checo Vaclav Klaus, que não é um europeísta, embora tenha a presidência rotativa da UE.
Medvedev explicou que é melhor Bruxelas não ter veleidades com a Parceria Oriental nem organizar provocações com os antigos Estados soviéticos, se não quer ver o resto da crise à luz do Petromax.
Jiabao exigiu respeito e não interferência nos assuntos internos da China. Barroso confessou que a China, sua velha amiga, é um “parceiro crucial” para a Europa, mas Pequim quer antes o fim das “taxas antidumping” e ser tratada como uma economia de mercado, em vez de ouvir piropos.
Mais clarinho do que os dois estadistas é difícil. Até deu gosto!
«24 Horas» de 29 de Maio de 2009

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"Fim de Estação" - Passatempo relâmpago


Estação da CP de...
(v. resposta dada na 2ª fase,
com link para outras imagens)
ESTE PASSATEMPO desenrolar-se-á em várias fases. Os prémios serão, em todas elas, livros policiais da Colecção Vampiro.
1ª fase: Em que consiste a teoria preventiva/repressiva conhecida pela do "vidro partido"?
As respostas dadas estão certas, mas a de Joana Luz é a que mais se aproxima da definição que eu conheço (e que foi aplicada, com êxito, em Nova Iorque, pelo Major R. Giuliani): imagine-se um edifício com muitos vidros. Alguém parte um deles e, além da impunidade, o vidro não é reposto rapidamente. Pouco depois, os outros são todos quebrados. Isso funciona como metáfora para o que sucede com a impunidade das pequenas infracções, que é um caminho garantido para as maiores - até se atingir uma situação incontrolável.
2ª fase: Em que cidade fica esta estação da CP, onde a metáfora atrás referida foi levada à letra?
Como se pode ver [aqui] (onde estão outras imagens disponíveis), a resposta certa ('Lagos') foi dada por Carluz.
3ª fase: Inicialmente, pretendia-se premiar o melhor texto acerca do tema
«a impunidade garantida como "passo garantido" para aquilo-que-se-sabe». No entanto, como se trata de um assunto já muito batido, sugerem-se outro, alternativos, no comentário das 15h10m. O prazo terminará às 20h da próxima segunda-feira. Actualização (2 Jun 09/10h): O júri decidiu atribuir, nesta 3ª fase: 3 pontos a Joana Luz, 2 pontos a 'Dana_treller' e 1 ponto a 'Mg'. A cada um será enviado um livro-surpresa.

O Estado-Providência

Por Maria Filomena Mónica
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AO LONGO DESTA SEMANA [Jan 08], terminei a missão de dirigir, como «cabeça da família», o processo de partilhas após a morte da minha mãe. No meio das previsíveis polémicas, deparei-me com um facto inesperado: o subsídio (equivalente a seis salários mínimos) que o Estado concedeu à minha família para o enterro. Apesar da ruína do meu pai, pertencemos à alta classe média. Três dos quatro filhos são licenciados: uma filha é doutorada, a outra completou o mestrado e ele é advogado. Ironicamente, a única que não completou o Ensino Secundário é hoje a mais rica.
(...)
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Texto integral [aqui]

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28.5.09

Baixas à mão e em triplicado

Por Joaquim Letria

SE JÁ VIRAM aquelas sessões de videoconferência a que a nossa justiça recorre, têm sérias dúvidas sobre o material electrónico comprado pelo Governo. Recentemente, também o Ministério da Saúde pôs os médicos de família a escreverem à mão e sem poderem comunicar as baixas por doença à Segurança Social por causa duma falha, cuja duração e recorrência se desconheciam e impossibilitava a detecção de baixas fraudulentas, reduzindo a cacos o simplex.

Com esta falha, competia aos médicos dos Centros de Saúde preencher à mão os certificados, em triplicado, e aos doentes enviá-los, no prazo de 5 dias, para a Segurança Social e para as respectivas entidades patronais.
Os médicos ficaram sem compreender a Administração Central do Sistema de Saúde que ficou calada diante dos seus insistentes pedidos de esclarecimento. Eles estão habituados a serem maltratados, mas convém não abusar.
«24 Horas» de 28 de Maio de 2009

NOTA (CMR): o cartoon, da autoria de Paulo Buchinho para o livro O Clube dos Inventores, calha sempre bem quando se coloca a questão: «A quem é que está entregue a informática do Estado?!»

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Passatempo com prémio (eventualmente) duplo

PROPÕE-SE aos leitores do Sorumbático a discussão do teor desta notícia de hoje (28 de Maio!...), estando previsto um prémio (*) para o melhor comentário afixado até às 20h do próximo domingo, dia 31.
(*) O prémio será um dos livros listados [aqui], à escolha do vencedor. No entanto, ele será acrescido de um outro se, no texto afixado, se usar o título de alguma dessas obras (que deverá ser salientado em maiúsculas ou negrito, p. ex.). O prémio adicional será, precisamente, esse 2.º livro.
NOTA: Quem não tiver conta Google/G-mail poderá concorrer, até 30 minutos antes da hora-limite, escrevendo para sorumbatico@iol.pt.
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Actualização (1 Jun 09/10h50m): depois de muito pensar, o júri atribuiu a seguinte pontuação: R da Cunha.. 3 pontos; Mg.. 2 pontos; Musicólogo.. 2 pontos; Ana Pinto.. 1 ponto. Pede-se-lhes agora que, nas próximas 24h, escrevam para sorumbatico@iol.pt indicando moradas para envio dos prémios. R. da Cunha, como 1.º classificado, poderá escolher um dos livros da lista indicada; os outros irão receber livros de entre os que tenham referido nos seus comentários - podem indicar a sua preferência, mas mais do que um.

Qualidade

Por João Paulo Guerra

A notícia veio no Público e brada aos céus: a má qualidade da legislação portuguesa custa ao Estado 7,5 mil milhões de euros por ano, qualquer coisa como 4,5 por cento do PIB, segundo estimativa do Centro Jurídico da Presidência do Conselho de ministros.

ISTO É: com melhores legisladores, e fora de tempos de crise, não seriam precisos tantos sacrifícios dos portugueses para respeitar o tecto dos 3 por cento do PIB para o défice. Portanto: a legislação é má e os legisladores - 230 deputados, 17 ministros, 35 secretários de Estado - saem caríssimos.

Com tal verba envolvida - e o Centro Jurídico da Presidência do Conselho admite que o prejuízo possa ser maior - o Estado recorre cada vez mais ao ‘outsourcing'. Quer dizer: encomenda as leis a escritórios de advogados. Mas então, perguntarão, para que serve o Estado? O Estado serve para receber e pagar. E o dinheiro dos contribuintes paga não só o funcionamento, como também paga, por fora, a incompetência do Estado e dos respectivos agentes.

A participação de escritórios de advogados no processo legislativo cria um problema de eventual conflito de interesses, acrescido ao possível conflito que advém da presença em massa de advogados nas bancadas parlamentares, como tem denunciado o bastonário da respectiva Ordem. E esta não é questão de somenos importância.

A má qualidade das leis, por outro lado, é um factor de peso na péssima qualidade da democracia. A fúria legislativa com leis feitas à pressa e eventualmente à pressão, a legislação desenquadrada das realidades, os vícios de forma e erros de estilo e linguagem, os erros até no português - não de lei mas das leis - fazem da democracia portuguesa uma espécie de democracia. E uma espécie menor, diga-se.

«DE» de 28 de Maio de 2009

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Passatempo relâmpago

A IMAGEM que aqui se vê dá que pensar: como é que se pode iniciar um livro com um erro de ortografia de palmatória (e que não é uma gralha, pois está repetido ao longo de toda a obra)? Embora a palavra "percursor" até exista (Que ou o que percorre), vê-se, pelo seguimento do texto, que o autor (ou a tradutora?) pretendia dizer "precursor" (Que anuncia com antecipação; s. m. Pessoa que vem adiante de alguém para anunciar a sua chegada, ou que anuncia ou prevê um acontecimento futuro).
Mas, à parte isso, aqui fica uma pergunta com prémio: qual o filme, actualmente em exibição, que se relaciona com o livro de onde foi extraída a imagem?
A resposta parece difícil, mas não é... se eu disser que ela está relacionada com o tipo de letra usada na 2ª e 3ª linhas do título.
NOTA: As respostas só serão possíveis a partir de um momento-surpresa que ocorrerá durante o dia de hoje. Cada leitor poderá dar uma única resposta, a menos que seja necessário fornecer "dicas". O prémio será um livro que o vencedor poderá escolher [aqui].
Actualização (14h17m): a resposta certa foi dada às 14h15m. A capa do livro em causa pode ser vista [aqui]
Já agora: em relação ao livro Anjos e Demónios, o mais curioso é que existe, na realidade um tal Langdon, artista gráfico especialista em ambigramas, e que inspirou (e ajudou) Dan Brown nesta obra. Ver [aqui]. O mesmo Prof. Langdon também é a personagem central n' O Código da Vinci.

O grau zero da política

Por J.L. Saldanha Sanches
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A DISCUSSÃO sobre o bloco central tem esquecido o mais importante: o PS e o PSD só se coligarão se o país se encontrar de novo sob tutela, com um programa de reequilíbrio imposto de fora e em estado de necessidade financeira, tal como sucedeu no tempo de Mário Soares/Mota Pinto.
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A má vontade do PS e do PSD em relação a qualquer possível coligação explícita é uma característica central na nossa cena política. A acrimónia patológica da actual dirigente do PSD para com o primeiro-ministro pode ser doentia, mas tem raízes muito fortes no seu partido.
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Contudo, como a própria já reconheceu para desmentir a seguir, naqueles avanços e recuos desastrados que marcam o seu estilo de actuação, essa aversão não impede nada. (...)
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Texto integral [aqui]

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CONVITE
Conferência sobre o livro «Morte na Picada»,
de Antunes Ferreira

Biblioteca-Museu República e Resistência/Grandella
Estrada de Benfica, 419 - Lisboa
Quinta-feira, 28 Mai 09 / 19h

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A fé, a moral e o terrorismo

Por C. Barroco Esperança

A IGREJA CATÓLICA, perante a perplexidade dos crentes, encontra-se sob o escrutínio severo da comunicação social, dos pais e da maioria dos cidadãos. A moralidade que apregoa é posta em xeque pelos escândalos que a devoram.

O documento secreto de João XXIII, enviado aos bispos, ameaçando excomungar todos os que denunciassem os crimes sexuais cometidos pelo clero, incluindo as vítimas, veio manchar o único papa que mereceu a afeição dos não crentes. (...)
Texto integral [aqui]

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Luz - LVIII

Fotografias de António Barreto - APPh

Prédio em Algés - Este é um prédio bem português! Feio. Coberto de “marquises”, um verdadeiro “ex-líbris” da arquitectura e da decoração doméstica nacional! Sem falar na roupa pendurada a secar ao sol, de que os portugueses tanto gostam e que os estrangeiros acham “very typical”! Mas que é simplesmente inestético e atrasado! (2006).

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27.5.09

Para que serve o Parlamento?

Por Joaquim Letria
AQUELES QUE TÊM a democracia menos presente nas suas convicções perguntam para que serve o parlamento. Olhando para o que fazem os 230 indivíduos que se gabam de ter sido eleitos por nós, temos de concordar que serve para pouco. Só este ano, o Governo já se marimbou para 1014 perguntas que deviam ter sido atendidas no prazo máximo de 30 dias.
Para terem uma ideia, basta dizer que o CDS ficou de cara à banda 402 vezes, o PCP 323, o PSD 126, o Bloco de Esquerda 90 e os Verdes 31. Respostas depois do prazo, foram 1429. Se somarmos estas com as sem resposta, atingimos mais de metade das questões formuladas em nosso nome, sem qualquer satisfação.
Se o parlamento funcionasse melhor, o governo talvez fosse menos mau e nós obteríamos um rendimento mais adequado para o dinheiro que ali enterramos.
«24 Horas» de 27 de Maio de 2009

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POR UM MOTIVO que a seu tempo se desvendará, este post, de início, não permite comentários - uma situação que será alterada durante o dia de amanhã, quinta-feira...
Actualização (28 Mai 09): ver novo post, colocado hoje.

Frutos

Por João Paulo Guerra

O caso dos radares que deveriam vigiar a costa portuguesa, ontem relatado pelo DN, confirma o diagnóstico: Portugal está transformado numa caricatura de país.

AQUI SÓ FUNCIONAM a sério, sem entraves e até com facilidades, as negociatas e só se apresentam limpos os ramos de actividade insuficientemente investigados. A missão dos sete radares seria a vigilância da costa em relação às ameaças de traficantes, contrabandistas e até - imagine-se! - terroristas. Pois dos sete radares, cinco estão desligados e dois só funcionam às vezes, porque caducou e não foi renovado o contrato de manutenção. De maneira que na era dos radares, Portugal vigia a costa... com binóculos. Nem sequer é como nos tempos dos piratas: é de dia, por turnos e nos horários normais de expediente.

De onde se conclui que a grande paranóia da vigilância tem excepções. Portugal encheu avenidas de cidades de radares que não servem praticamente para nada, mas deixou paralisar os radares que vigiam uma costa marítima de dimensão imensa. Quer isto dizer que o que verdadeiramente preocupa os maníacos da vigilância não é a segurança do país ou das pessoas. É a montagem de uma rede, para o que der e vier, para manter os cidadãos sob observação do ‘Big Brother'. Ou seja: a paranóia da vigilância deu lugar à psicose da espionite.

O escritor norte-americano O. Henry inventou a expressão República das Bananas por referência às Honduras, no início do século passado. Hoje, o escritor chegaria à conclusão que não é a produção bananeira, nem sequer a United Fruit Company, que fazem tal tipo de República. Qualquer tipo ou casta de mamão, quaisquer frutas ou frutos, deiscentes, indeiscentes ou indecentes se podem aplicar ao rótulo desta República

«DE» de 27 de Maio de 2009

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O fotógrafo estava lá - Mas "lá", onde? E quando?

A FOTO, que mostra uma torre a desmoronar-se, é um bom pretexto para um passatempo com prémio que pode, até, ser desdobrado em vários (desde que as respostas não sejam mais completas do que se pede de cada vez, para que possa haver outras).
Começando, então:
1ª - Em que cidade é que ocorreu o que a imagem documenta?
Actualização-1 (16h21m): a resposta certa ("Coimbra") já foi dada. Pode-se a Sofia que escreva para sorumbatico@iol.pt indicando morada para envio do prémio (um livro-surpresa). Ver a 2ª questão, a afixar dentro de minutos.
2ª- Em que ano é que a foto foi tirada?
Actualização-2 (16h47m): a resposta certa ("1935") já foi dada. Pede-se a C. Antunes que escreva para sorumbatico@iol.pt

26.5.09

Problemas no Blogger com o Internet Explorer 8

O computador que eu normalmente usava acabou por ir para o lixo. Este é novo (com software legal e tudo!), mas trouxe, como brinde, o seguinte problema:

Com a caixa de texto em "Redigir" (como se vê na imagem), o Blogger deixou de aceitar textos copiados de outro lado, ou até dentro da mesma caixa (só funciona o "arrastar"). Aliás, no menu contextual (botão direito do rato) nem sequer aparecem as funções "corta" (nem "copiar"), e a "colar" está inactiva. Os atalhos Ctrl+X, Ctrl+C e Ctrl+V também não funcionam.
No entanto, se eu preparar o post na opção "Editar Html" (em vez da "Redigir"), já funciona.
Finalmente, se usar o Firefox em vez do I.E. 8 também tudo corre bem.
Alguém tem (ou teve) o mesmo problema? Será desta versão do I.E. (a 8)?

Passatempos e democracia

Por Joaquim Letria
QUANDO EU VIVI EM LONDRES, tinha dois passatempos que a quase perfeita democracia daquele velho Estado de Direito me facultava. Um, era sair de Bush House e enfiar-me no Old Bailey a ver um julgamento que estivesse a decorrer; o outro, era ir a Westminster, assistir a uma sessão do parlamento.
Hoje divertir-me-ia muito mais. A demissão do presidente da Câmara dos Comuns, por causa das despesas particulares dos deputados, pagas com dinheiros públicos, é um espectáculo. Há mais de 300 anos que uma demissão destas não ocorria, mas esta também não melhorou as coisas, embora dê um arzinho de vergonha na cara, que é algo que por outras paragens está em falta.
Em Londres, há mais quatro deputados que penduram as botas e dois ministros a serem investigados, enquanto dois terços dos eleitores querem eleições antecipadas para castigarem os partidos grandes.
Há pouco tempo era impensável um caso destes em Westminster. A falta de ética parece ter-se generalizado no mundo mais do que a gripe dos porcos. Nem as democracias a sério escapam.
«24 Horas» de 26 de Maio de 2009

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Passatempo relâmpago

Em que ano foi publicada, em Portugal, esta 'notícia'?
Cada leitor poderá dar uma única resposta. Evidentemente, haverá um prémio (livro-surpresa) para quem se aproximar mais da resposta certa. O prazo terminará às 20h de amanhã (4ª-feira) a menos que, entretanto, surja a resposta exacta.
Actualização: como se pode ver [aqui], a resposta certa (1938) foi dada por Pedro Boavida, que tem agora 24h para escrever para sorumbatico@iol.pt indicando morada para envio do prémio.

Imigrantes

Por João Paulo Guerra
Parece que a cedência do Governo às reclamações para despachar imigrantes vai ser inútil.
OS IMIGRANTES estão a ir-se embora pelo seu pé, porque Portugal não só está menos atractivo como está mais xenófobo. Aliás, cotejando apenas as vantagens económicas e demográficas do acolhimento de imigração em Portugal, dificilmente se compreende porque foi o Governo ceder a algum patronato e a uma extrema-direita envergonhada e mascarada de democrata, para a qual todos os males do país e do mundo vêm sempre dos pretos, dos amarelos, dos castanhos, dos assim-assim, dos eslavos, dos orientais, dos sulistas, dos sotaques, dos modos e costumes, da diferença. O que é arrepiante. Imagine-se o horror de um país inteirado clonado à imagem e semelhança dos betinhos e queques do Jovem Portugal!
Mas o que é certo é que a extrema-direita falou no assunto e o Governo cedeu de pronto, logo aplaudido pela direita fala-barato e por burocratas da política e até do sindicalismo que encaram as pessoas como números e as sociedades como um conjunto de quotas, níveis, coeficientes, recorrentes, marcas, massas e bitolas. Tudo isto sem que o Governo, ou seja quem for, saiba responder com precisão a perguntas elementares: quantos imigrantes residem efectivamente no país? Quantos estão integrados, têm contratos de trabalho, direitos e deveres, segurança social, acesso á saúde, educação?
As arengas demagógicas e oportunistas contra os imigrantes, para além de xenófobas, são também deseducativas e perigosas. Imagine-se que os países de acolhimentos da emigração portuguesa seguiam as falácias de alguns pregadores da política doméstica e recambiavam de volta para "a terra deles" os 30 milhões de lusos espalhados por todo o mundo?
«DE» de 26 de Maio de 2009

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Não há dúvida: uma boa discussão faz disparar as 'audiências'...

A tralha

Por Helena Matos
A PROPÓSITO ainda do pedido de demissão de Michael Martin é interessante ver como o parlamento inglês apresenta uma pobreza tecnológica e até uma falta de conforto constrangedores quando comparados, por exemplo, com o parlamento português.
Nenhum daqueles parlamentares britânicos exibe computadores durante as sessões até porque, à excepção dos joelhos, não teria onde colocá-lo. Mas questionam e discutem como compete a quem tem História e presta contas ao povo.
Por cá exibem computadores, sempre ligados para dar um ar de ocupação, como os funcionários das repartições.

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FOI ACTUALIZADO o blogue «Arroz Doce», de Joaquim Letria, com a crónica «Confidencial» do passado fim-de-semana.

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Há 90 anos, na ilha de Príncipe

Por Nuno Crato

EM 1919, A TEORIA da relatividade de Einstein, formulada em 1905 na sua versão restrita e em 1916 na sua forma geral, era já famosa entre os investigadores, mas era ainda desconhecida do público e ainda muito pouco referida nas universidades. Era então, em grande parte, uma formulação matemática que explicava fenómenos paradoxais sobre o comportamento da luz, mas que não tinha sido objecto de nenhum teste decisivo. A ocasião surgiu em 1919, com um eclipse total que permitiria registar a luz das estrelas passando perto do Sol. Nesse alinhamento, as estrelas tornam-se invisíveis para nós, pois o muito maior brilho do Sol esconde-as. (...)

Texto integral [aqui]

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25.5.09

Museu Geológico

Por A. M. Galopim de Carvalho
PATRIMÓNIO de uma respeitada e saudosa instituição pioneira, nascida em 1857, sob o reinado de D. Pedro V, com a designação de Comissão Geológica do Reino, o Museu Geológico é a memória, que teima em não morrer, de uma instituição que prestigiou o País durante cerca de um século e meio, inexplicavelmente extinta em 2003, num grave atentado à Geologia portuguesa e sentida ofensa aos seus cultores. (...)
Texto integral [aqui]

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Amor virtual

Por Alice Vieira
OS COMPUTADORES E A NET dominam cada vez mais a nossa vida.
E o jeito que nos fazem…
Já se ama e se desama através da net.
Rápido, eficaz e indolor.
Em vez de chorarmos no ombro do homem que nos deixou implorando-lhe que volte, clicamos para o Youtube, escolhemos uma cantiga daquelas que o vão pôr — esperamos…- de rastos, e não pensamos mais no assunto.
Aznavour é óptimo porque tem cantigas para todas as ocasiões e poupa-nos o esforço de arranjarmos palavras nossas.
É claro que há também quem responda aos ataques e se queira defender, deixar-te, eu?, sabes que se não fosse a minha mulher eras tu a mulher da minha vida! (...)
Texto integral [aqui]

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Os tigres da Malásia

Por Joaquim Letria
JÁ DEVEM TER VISTO a falta de médicos que vai por aí. A gente, nos Bancos dos Hospitais, tem de falar línguas, senão não podemos queixar-nos de nada, nem compreendemos os médicos dessas empresas que os alugam ao Estado Português. E a competência de todos eles?! Não haja dúvida!!
O que nos vale, nestas dificuldades, é a fé do primeiro-ministro. O homem não vacila. Ele já disse, para quem o quis ouvir, que a Ciência vai ser a nossa salvação. Lembram-se da fúria do MIT? Acham que para haver Magalhães não houve muitos portugueses a queimarem as pestanas?!
O primeiro-ministro já anunciou nova parceria: médicos e laboratórios portugueses vão para Harvard.
Não sei se temos alguma coisa a aprender com os “camones”, mas com eles vai ser fulminante: não tarda, só vemos médicos americanos, vestidos de piratas, em congressos na Malásia. Ah, tigres!
«24 Horas» de 25 de Maio de 2009

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Mais fanáticos, menos perspicazes

Por Alfredo Barroso
RELATIVAMENTE a alguns comentários mais agressivos - e até insultuosos - que me foram dirigidos, gostaria de salientar que as pessoas mais fanáticas são as menos perspicazes. Por isso mesmo, não percebem que o jornalismo «tablóide» praticado por Manuela Moura Guedes na TVI diminui significativamente a eficácia e a força das «críticas» e das «denúncias» que ela quer fazer.
Tanta histeria e espalhafato mediáticos deitam por terra o mínimo de objectividade exigível a um jornalista que se preze e desacreditam as reportagens, por vezes excelentes, que servem de fundamento às «críticas» e às «denúncias».
Quem não compreende isto, não vê um palmo adiante do nariz, nem percebe patavina de jornalismo e de política. Paz à(s) sua(s) alma(s)...

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24.5.09

Contra um jornalismo repugnante

Por Alfredo Barroso
A ENTREVISTA de Manuela Moura Guedes a Marinho Pinto, na TVI, terá sido «empolgante», mas o jornalismo «tablóide» que ela pratica, sem vergonha, é repugnante. Hesito mesmo em considerá-lo jornalismo.
Por muito imprudente e excessivo que seja o actual Bastonário da Ordem dos Advogados – prejudicando, por vezes, a justeza das suas afirmações e a bondade dos seus propósitos – a verdade é que ele deu provas de uma extraordinária coragem, ao denunciar em directo, cara a cara e sem papas na língua, o verdadeiro escândalo que são as sessões de propaganda política, desonesta e canalha, levadas a cabo, às sextas-feiras, pela mulher do Director-Geral da TVI, Manuela Moura Guedes, que não faz outra coisa que não seja desonrar a profissão.
Além de indigno, o espectáculo que esta senhora proporciona semanalmente é aflitivo, patético e inestético. E descredibiliza as próprias reportagens que o sustentam. É verdade que já uma vez o Miguel Sousa Tavares a tinha criticado e recriminado em directo. Mas ninguém, até agora, tinha sido capaz de a pôr na ordem, por indecente e má figura.
Esta lamentável e ridícula senhora não se respeita nem se dá ao respeito. Há muito que devia ter sido chamada à pedra, por violação continuada das mais elementares regras deontológicas da profissão. O problema é que quase todos os jornalistas têm medo e já poucos se prezam, numa profissão cada vez mais condicionada pelo poder económico que a domina e controla. A liberdade de informação é uma treta quando pessoas como Manuela Moura Guedes sentem as costas quentes para fazerem o que ela faz, abusando escandalosamente do poder e do púlpito que lhe concedem num canal de televisão privado.
O rei vai nu (ou, se preferirem, a rainha). Mas se, depois desta corajosa denúncia, tudo continuar na mesma, então é de recear que o pluralismo e a liberdade de informação estejam em perigo.
NOTA (CMR): esta e outras crónicas do mesmo autor estão também afixadas no seu blogue Traço Grosso.

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Aplicadores

Por António Barreto

A PUBLICAÇÃO, pelo Ministério da Educação, do “Manual de Aplicadores” não passou despercebida. Vários comentadores se referiram já a essa tão insigne peça de gestão escolar e de fino sentido pedagógico. Trata-se de um compêndio de regras que os professores devem aplicar nas salas onde se desenrolam as provas de aferição de Português e Matemática. Mais preciso e pormenorizado do que o manual de instruções de uma máquina de lavar a roupa. Mais rígidos do que o regimento de disciplina militar, estes manuais não são novidade. Podem consultar-se os dos últimos quatro anos. São essencialmente iguais e revelam a mesma paranóia controladora: a pretensão de regulamentar minuciosamente o que se diz e faz na sala durante as provas. (...)

Texto integral [aqui]

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23.5.09

Passatempo 'DE RERUM NATURA' - 'SORUMBÁTICO'

MAIS UMA VEZ, o DE RERUM NATURA e o Sorumbático promovem um passatempo-conjunto (desta feita a propósito da famosa observação solar de Eddington, a 29 de Maio de 1919, que veio comprovar a teoria da relatividade geral de Einstein), sendo atribuídos dois exemplares do livro «Eddington e Einstein», da Gradiva, aos dois leitores que melhor respondam às seguintes duas questões (um livro para cada questão):
1) Porque é que não houve astrónomos portugueses na ilha do Príncipe em 29 de Maio de 1919?
2) Porque é que Einstein não teve ninguém a recebê-lo, no dia 11 de Março de 1925, quando visitou Lisboa?
NOTA: Embora o passatempo esteja anunciado em ambos os blogues, as respostas a considerar, para efeito de atribuição dos prémios, serão as que forem afixadas no DE RERUM NATURA até às 12 horas do próximo dia 26.

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Entrevista empolgante

Por Antunes Ferreira
O QUE SE PASSOU ONTEM no Jornal de Sexta da TVI foi uma cena inqualificável. A entrevista feita por Manuela Moura Guedes a Marinho Pinto foi a demonstração perfeita do que por aquelas bandas televisivas acontece no «tempo de informação» do penúltimo dia de cada semana. Pior é difícil que volte a acontecer. Isto, se José Eduardo Moniz não voltar a aparecer no ecrã a defender o que é indefensável: a esposa e o (dito) noticiário. De resto, volto atrás na intenção de não qualificar o ocorrido: foi uma peixeirada, sem adjectivos, aliás desnecessários. (...)
Texto integral [aqui]

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22.5.09

Clicar na imagem, para a ampliar
DE VEZ em quando, somos surpreendidos com notícias de perseguições policiais que acabam tragicamente. A propósito delas, aqui se documenta uma eficaz Operação Stop...
(Anedota ilustrada do Ano de 1922, afixada no blogue Humor Antigo, hoje actualizado).

Mesmo em branco

Por Joaquim Letria
O PS E O PSD sonegaram aos eleitores portugueses o referendo do Tratado de Lisboa, aquela transcrição codificada que a Europa recusara com outro nome e um texto perceptível. E agora, depois de estarem 5 anos caladinhos que nem ratos, desatam a chiar com medo que a 7 de Junho os portugueses não ponham os pés nas assembleias de voto para o Parlamento Europeu.
O voto do povo, que agora querem captar, é o mesmo que não quiseram antes, com medo dum resultado negativo no referendo. Se não houver afluência, por mor do desdém que os eleitores têm pela generalidade dos políticos, ganhará a abstenção, o que não acontecerá pela primeira vez, sem que haja morte de homem.
Não nos preocupemos com quem se não preocupa connosco mas, mesmo assim, votemos, por respeito pelos que lutaram para que pudéssemos exercer esse direito em democracia. Votemos em quem pode merecer a nossa confiança e castiguemos quem, para nós, merece castigo. Mesmo em branco, votemos.
«24 Horas» de 22 de Maio de 2009

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Passatempo-relâmpago

AO PRIMEIRO leitor que souber dizer o que é que foi omitido nesta legenda será enviado um exemplar do livro A Virgem dos Sicários, de Fernando Vallejo.
NOTA: não é preciso que indique as palavras exactas - poderão ser outras, desde que equivalentes.
Actualização: a resposta certa foi dada às 14h14m. Atenção ao prazo indicado para reclamar o prémio.

Isto não tem remédio!

Por Maria Filomena Mónica
ONTEM [7 Jan 08], recebi um manifesto intitulado «Cidadãos de Portugal», em que se apelava aos portugueses para retirarem o seu dinheiro do BCP, com base em que este iria ser controlado pelo PS, e da CGD, a qual iria passar para as mãos do PSD.
Não sei como arranjaram o meu endereço electrónico, nem qual o motivo que terá levado os organizadores a pensar que teria conta numa destas organizações. (...)
Texto integral [aqui]

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NESTE momento, estão em curso dois passatempos com prémio: um, [aqui], até às 20h de hoje; outro, [aqui], até às 20h de amanhã. Às 12h de sábado, e mais uma vez em colaboração com o DE RERUM NATURA, inicia-se um terceiro passatempo, com a duração de 72 horas, em que serão atribuídos exemplares do livro Eddington e Einstein, da Gradiva.
Actualização (23 Mai 09/13h35): quanto ao primeiro, já se pode ver o resultado em "actualização".

21.5.09

Melhor calados

Por Joaquim Letria
DESDE O PRIMEIRO DE MAIO que ouvimos e lemos as queixas do Partido Socialista e de alguns militantes seus a propósito das agressões ao candidato Vital Moreira que, segundo os queixosos, teriam sido cometidas por militantes comunistas que o agredido – por empurrões, piparotes e borrifos de água – identificou como integrantes da “Brigada Brejnev”. Um mimo da guerra fria.
A verdade, porém, é que o PS devia estar calado. Fica-lhe mal recordar a todo o momento a montagem do sopapo a Mário Soares na Marinha Grande, nas presidenciais de há mais de 20 anos. E não é bonito ter sempre a boca cheia de balbúrdias, acabando por evocar, quer se queira, quer não, as trágicas consequências do entusiasmo do PS pelo saudoso antecessor do candidato Vital, há 5 anos, em Matosinhos.
Claro que aquilo que fizeram a Vital no Primeiro de Maio, não se faz. Mas há sempre gente simples que ferve em pouca água e cai na esparrela de salpicar qualquer um, arreado a preceito para as cortesias eleitorais.
«24 Horas» de 21 de Maio de 2009

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Passatempo-relâmpago

NESTA LEGENDA, que 'abrilhanta' o famoso vídeo da professora de Espinho, há um erro de palmatória. O livro A Fera na Selva (de Henry James) será enviado ao primeiro leitor que o identifique e dê os necessários esclarecimentos que apontem para o uso correcto da nossa língua.
Actualização (15h09m): a resposta certa já foi dada.

Momento zen de segunda

Por C. Barroco Esperança
AS HOMILIAS semanais de João César das Neves (JCN), no DN, não primam pela lógica mas brilham pela fidelidade ao papa, seja ele quem for, e pela defesa das afirmações da Igreja católica, quaisquer que sejam.
Nesta última segunda-feira, 18, sob o título «Anatomia da traição», esclareceu que os adúlteros incorrem no repúdio universal e são vistos como traidores, para acrescentar: «Desde sempre a infidelidade foi sumamente desprezada, com delatores e apóstatas tratados com asco». (...)
Texto integral [aqui]

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Luz - LVII

Fotografias de António Barreto - APPh

Quinta Borba - No rés-do-chão da quinta do General, em Borba. São edifícios do século XVIII, com jardins e quintinha dentro da cidade. (1988).

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20.5.09

EM COMENTÁRIO ao post das 13h41m, o leitor Alfredo Silvestre chama a atenção para um facto curioso: a Tsf.pt corrigiu o teor da notícia referida, mas parece que "corrigiu de mais": alguém, lá na redacção, deve ter dado à manivela no Find/Replace (para converter "Imigração" em "Emigração"), e o software, obediente, transmutou também o respeitável Observatório para a Imigração num - inexistente - Observatório para a Emigração...

País de caloteiros

Por Joaquim Letria
25% DAS FALÊNCIAS em Portugal são consequência de dívidas e atrasos de pagamentos por produtos e serviços prestados.
O Estado, neste domínio, está longe de ser pessoa de bem. O seu atraso nos pagamentos correntes já é muito menor, mas nos tempos que correm ainda é da ordem dos 130 dias, com um atraso de 72 dias em cima do contratado, o que dá origem a ser português o atraso mais elevado da Europa onde, em termos gerais, a média é de apenas 18 dias.
Não admira, portanto, esta sensação generalizada de que os meses têm dias a mais e os pagamentos são demasiado escassos, para além do calvário do IVA e outros impostos e contribuições devidas que agravam, de forma dramática, a vida das pequenas empresas e dos cidadãos.
Também a percentagem de dívidas incobráveis é muito elevada em Portugal, e, na generalidade, pouco ou nada há a fazer, mesmo recorrendo à justiça que, como se sabe, demora anos a julgar os casos mais simples e cobra aos inocentes os olhos da cara.
«24 Horas» de 20 de Maio de 2009

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Nesta notícia da Tsf.pt (quer no título, quer no desenvolvimento), há qualquer coisa que não soa bem, não há?
Ver actualização [aqui].

Rumsfeld vai ao teatro

Por Baptista Bastos
DONALD RUMSFELD, vestido a preceito, desce a escada, acompanhado da mulher. Estão sorridentes e, aparentemente, muito felizes. Vão assistir a um espectáculo. Rumsfeld, alto, elegante, delgado, é um homem rodeado de serenidade, feito de vagares, de andar plácido, e de leve sombra no olhar. A cena parece elementar e trivial. Eis senão quando entra em campo nova figura: uma mulher ainda nova, indignada, aos gritos, apopléctica, cuja voz se multiplica mil vezes: "Criminoso de guerra! Criminoso de guerra!" Abre as mãos molhadas em vermelho, e quase as enfia no rosto do cavalheiro: "Tem-las cheias de sangue!" (...)
Texto integral [aqui]

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19.5.09

Independentes, mas pouco (ou q. b.?)

O FACTO de os partidos incluírem independentes nas suas listas é bastante saudável para a democracia, na medida em que se dá voz e poder a pessoas que têm uma visão do mundo menos paroquial e sectária do que a maior parte dos políticos puramente partidários.
No entanto, quando esses independentes são colocados como cabeças de lista (e não apenas integrados numa), podem surgir problemas com «excessos de independência» - pois uma coisa é ter opiniões próprias sobre temas menores, e outra, muito diferente, é tê-las em assuntos fundamentais na eleição em causa.
É, a meu ver, o caso de Vital Moreira que, em aspectos tão importantes como o apoio à recandidatura de Durão Barroso e a manutenção de Lopes da Mota no Eurojust, está em total desacordo com o partido por que concorre. E isso lança uma dúvida mais do que pertinente: em que é que estão a votar, concretamente, os que optarem pela lista que ele encabeça?
Aqui fica o assunto à discussão, estando já reservado um exemplar de A Força Vital para o melhor comentário feito até às 20h da próxima sexta-feira, dia 22.
Declaração de interesses (?): desde que os partidos, há já vários anos, se lembraram de apregoar que as eleições europeias se destinam a avaliar a actuação do governo em funções (e não a escolher quem melhor possa defender os nossos interesses na Europa), passei a votar em branco. E olhem que não dói nada!
Actualização (23 Mai 09/13h35m): depois de muito pensar, o júri decidiu atribuir a seguinte pontuação:
Mg.. 3 pontos; C. Antunes.. 2 pontos; Joana Luz e dana_treller.. 1 ponto. Como só há um exemplar do referido livro, será enviado a 'Mg'. Obrigado a todos/as!
Mg .. 3 pontos> C. Antunes .. 2 pontos> Joana Luz e dana_treller.. 1 ponto

Accionistas em acção

Por Joaquim Letria
UM GRUPO DE ACCIONISTAS da proprietária do Banco Privado Português (BPP) vai processar João Rendeiro, acusando-o de burla e de abuso de confiança. Este grupo é liderado por Stefano Saviotti, o empresário do imobiliário que continua a destacar-se nos investimentos, ao mesmo tempo que permanece à frente do hotel onde Bill Clinton fica sempre que vem a Lisboa, o D. Pedro, nas Amoreiras.
Interessante notar que João Rendeiro, habitante da exclusiva Quinta Patiño, nos arredores de Lisboa, se queixa de estar em casa, em morada conhecida, sem que nenhuma autoridade, judicial ou financeira, tome a iniciativa de o inquirir sobre o caso e de o ouvir acerca das respectivas circunstâncias.
Recorde-se que há dias o primeiro-ministro disse que o escândalo BPP “era arrepiante”. Rendeiro tem sido acusado de gastar dinheiro do BPP em proveito próprio e de desfalcar o BPP através de “off-shores”, mas nunca ninguém o ouviu. Ainda hoje se desconhece o desenlace deste caso que tem grande número de vítimas inocentes.
«24 Horas» de 19 de Maio de 2009

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Passatempo relâmpago

UM DOS 3 prémios atribuídos no passatempo «Justiça e Dúvidas» era um exemplar deste livro. Como não foi reclamado no prazo indicado (que expirou há mais de 2 horas), aqui fica ele, disponível agora para o primeiro leitor que souber dizer qual o seu título.
NOTA: Se a resposta certa tardar muito, a imagem que aqui se vê irá dando lugar a outras, em que irão aparecendo cada vez mais letras.
Actualização: o passatempo terminou, pois a resposta certa foi dada às 13h41m
NOTA: o conto, escrito em 1915, mostra o mundo, regressado à barbárie, 60 anos depois de a população do globo ter sido praticamente toda morta por uma pandemia ocorrida em 2009 (perdão!, em 2013).

Duas culturas

Por Nuno Crato
DECORRERAM 5O ANOS desde o dia em que uma figura pesada subiu os degraus da vetusta Casa do Senado, na Universidade de Cambridge, e se dirigiu ao pódio para proferir uma conferência. Não era uma ocasião qualquer. Tratava-se da prestigiada palestra Rede, proferida anualmente nessa universidade inglesa perante uma vasta plateia de professores, alunos e convidados. Não se tratava também de um orador qualquer. Na altura com 54 anos, Charles Percy Snow, tinha já sido um cientista brilhante, tinha já sido um administrador do esforço de guerra e tinha-se já destacado como político. Além de tudo isso, desenvolvera uma carreira paralela como romancista. Alcançara o estatuto de figura pública, igualmente respeitada como homem de ciência e como literato. Seria certamente alguém indicado para falar sobre a unidade entre as ciências e as humanidades. (...)
Texto integral [aqui]

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18.5.09

Um "concentrado de absurdo"

A FOTO, tirada há poucos dias à porta do Hotel Roma, em Lisboa, mostra uma realidade que diz muito acerca do que nós somos - um povo refractário a regras, mesmo quando elas nos podem favorecer:
Do lado direito, o espaço reservado para as camionetas está vazio; as camionetas estacionam na praça de táxis.
Estes, por sua vez, desprezam amiúde a praça (pela qual devem pagar uma taxa à CML), preferindo estacionar da forma que se vê!
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Mas este verdadeiro "concentrado de absurdo" (que, por sinal, vem no seguimento de um outro, que se pode apreciar aqui), está mesmo a pedir um passatempo que premiará quem der a resposta certa à seguinte questão:
No mesmo dia em que foi tirada esta foto, apareceu, e precisamente neste local, um carro-patrulha da PSP. O que é que ele fez?
O passatempo terminará às 20h de amanhã, aparecendo a resposta, no minuto seguinte, [aqui].
Actualização (19h47m): fui dar uma voltinha e, ao regressar, vejo que a resposta certa já foi dada (às 18h46m), pelo que desbloqueei o link com a resposta.

Hospitais e saúde

Por Joaquim Letria
DOIS CIRURGIÕES PORTUGUESES transplantaram em simultâneo o coração e um rim a um paciente, nos hospitais da Universidade de Coimbra, segundo uma notícia de poucas linhas nos jornais.
Esta equipa mista dos serviços de cirurgia cardio-torácica e de urologia, liderada respectivamente pelos cirurgiões Manuel Antunes e Carlos Alberto Bastos, merece tudo. Por isso, se calhar, ninguém lhe agradece, apesar de devermos ter orgulho por, no universo cada vez mais reduzido e desprezado dos médicos portugueses, ainda haver quem dê provas de saber, profissionalismo, dedicação e competência.
Acolher um homem de 60 anos de idade, que há 10 anos transplantara o fígado, para lhe mudar o coração e um rim, não cabe na gestão hospitalar com que Portugal está a dar o golpe de misericórdia no Serviço Nacional de Saúde. Os hospitais privados têm razoável hotelaria. Mas são só alguns hospitais públicos e escassos médicos que fazem os trabalhos difíceis, em recursos humanos e financeiros, que por cá ainda nos podem servir e orgulhar, como acontece neste caso.
«24 Horas» de 18 de Maio de 2009

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TERMINOU às 20h de ontem o passatempo que se propunha premiar, com um exemplar do livro cuja capa aqui se mostra, o melhor comentário feito a [esta] crónica de C. Barroco Esperança.
A decisão do júri já está disponível [aqui].