19.7.09

Concurso de ideias

Por António Barreto

O PRESIDENTE DO TRIBUNAL de Contas, Guilherme de Oliveira Martins, acumula as suas funções com as de Presidente do Conselho de Prevenção da Corrupção. Ainda bem. Trata-se de pessoa de confiança, séria e com vontade de servir o público. Como presidente do Tribunal, já nos habituou a um trabalho competente. Vários dos seus relatórios foram impiedosos com as práticas da Administração menos cuidadosas. Agora, ao fim de um ano no citado Conselho, tornou público o seu primeiro relatório, fruto de um imenso trabalho de inquérito aos procedimentos dos serviços do Estado destinados a prevenir a corrupção, os quais, aliás, são considerados insuficientes. Espera-se que venha mais. Este conselho não investiga, não julga, nem remete processos para a polícia. Mas o que temos, agora, é uma excelente base de trabalho. Sem parangonas de jornais e sem histórias picantes, este inventário ficará como um roteiro para actuação futura, um diagnóstico às fragilidades dos serviços e um inventário dos elos fracos. Os corruptos que se cuidem: estão sob observação. E o “observador” não é daqueles que se deixa facilmente convencer por argumentos de afinidade. Sabe-se, por exemplo, que se interessou recentemente pelo terminal de contentores, o que bastou para criar enorme expectativa. (...)

Texto integral [aqui]

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1 Comments:

Blogger Manuel Brás said...

I Parte

A virgindade democrática
e a cumplicidade política,
uma justiça burocrática
de cultura monolítica.

O demónio da corrupção
age impunemente,
é esta a concepção
de um regime demente.

A prática ilegal
degenera a sociedade,
neste nosso Portugal
impera a imoralidade.

II Parte

O Cravinho foi contestado
pela sua ousada veleidade,
num país desorçamentado
por abjecta promiscuidade.

Um relatório demolidor
sobre corrupção estatal,
num Estado incumpridor
da ética fundamental.

As mãos serão lavadas
como na época romana,
com razões ressalvadas
pela natureza humana.

19 de julho de 2009 às 23:07  

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