19.5.09

Independentes, mas pouco (ou q. b.?)

O FACTO de os partidos incluírem independentes nas suas listas é bastante saudável para a democracia, na medida em que se dá voz e poder a pessoas que têm uma visão do mundo menos paroquial e sectária do que a maior parte dos políticos puramente partidários.
No entanto, quando esses independentes são colocados como cabeças de lista (e não apenas integrados numa), podem surgir problemas com «excessos de independência» - pois uma coisa é ter opiniões próprias sobre temas menores, e outra, muito diferente, é tê-las em assuntos fundamentais na eleição em causa.
É, a meu ver, o caso de Vital Moreira que, em aspectos tão importantes como o apoio à recandidatura de Durão Barroso e a manutenção de Lopes da Mota no Eurojust, está em total desacordo com o partido por que concorre. E isso lança uma dúvida mais do que pertinente: em que é que estão a votar, concretamente, os que optarem pela lista que ele encabeça?
Aqui fica o assunto à discussão, estando já reservado um exemplar de A Força Vital para o melhor comentário feito até às 20h da próxima sexta-feira, dia 22.
Declaração de interesses (?): desde que os partidos, há já vários anos, se lembraram de apregoar que as eleições europeias se destinam a avaliar a actuação do governo em funções (e não a escolher quem melhor possa defender os nossos interesses na Europa), passei a votar em branco. E olhem que não dói nada!
Actualização (23 Mai 09/13h35m): depois de muito pensar, o júri decidiu atribuir a seguinte pontuação:
Mg.. 3 pontos; C. Antunes.. 2 pontos; Joana Luz e dana_treller.. 1 ponto. Como só há um exemplar do referido livro, será enviado a 'Mg'. Obrigado a todos/as!
Mg .. 3 pontos> C. Antunes .. 2 pontos> Joana Luz e dana_treller.. 1 ponto

10 Comments:

Blogger Unknown said...

A MAÇONARIA PORTUGUESA ANDA DE CABEÇA PERDIDA E SÓ FAZ E DIZ DISPARATES!

Este Blog é só uma pequena contribuição para desmascarar a Maçonaria Portuguesa que está filiada no PSD e PS, que têm destruído sistemáticamente a NAÇÃO PORTUGUESA!

Culpam-se uns aos outros (PSD e PS), como é normal entre maçons de Lojas Diferentes!

Julgam que são os DONOS DA VERDADE, mas o Povo Português NÃO precisa deles para nada!

Quando estão no PODER, com a alternância que sabemos, FAZEM SEMPRE AS MESMAS ASNEIRAS!

A NAÇÃO PORTUGUESA está de rastos com tanta ASNEIRA!

Estes maçons que agora (des-) GOVERNAM A NAÇÃO, são os sucessores daqueles que estiveram por detrás do assassínio de El-Rei D. Carlos e de sua Majestade Real, o Princípe D. Luís Filipe, que como sabemos levou à REPÚBLICA!

Esta REPÚBLICA é uma REPÚBLICA SANGRENTA!

Idealizada e Perpetrada por...ASSASSINOS!

Têm as mãos TINTAS DE SANGUE não só do Regicídio mas também de MASSACRAREM o POVO PORTUGUÊS!

Eles TÊM OS BOLSOS CHEIOS e o POVO...na MISÉRIA!

Desmascaremos esta "ESCUMALHA" que tanto nos têm SUFOCADO!

PORTUGAL É DOS PORTUGUESES!!!

Gostaríamos de contar com TODOS OS PORTUGUESES para isso!

Todos são benvindos ao Blog "BAR DO ALCIDES"!

Enviem-nos os vossos temas que nós prometemos PUBLICAR TODOS!

UM GRANDE BEM-HAJA A TODOS!

VIVA PORTUGAL!!!!!!!

bar do alcides

19 de maio de 2009 às 21:20  
Blogger Mar Arável said...

"Independentes"

nas listas dos partidos

Pobre democracia

19 de maio de 2009 às 23:16  
Blogger Carlos Antunes said...

Ainda me lembro que, da primeira vez que votei, o sentimento que me foi incutido era o de se tratar de um dever e de um direito de que tinha de usufruir.
Mas tratando-se de umas eleições Autárquicas, sabia bem em quem (não) votava.
Afinal de contas, um dos candidatos era uma verdadeira "besta", meu antigo vizinho, um verdadeiro incapaz.
Percebi bem que as Autárquicas eram, na essência, "concursos de beleza" onde se votava no mais carismático dos candidatos ou, quanto muito, no menos idiota.
Continuei, durante alguns anos, a pensar que aquilo era mesmo assim, que as terras e terrinhas se regiam assim, por conhecimento das pessoas, por compreensão mais ou menos directa dos seus valores.
Mas depois lá comecei a dar mais atenção ao país e, que vejo eu, senão que todas as eleições são "concursos de beleza"!
Votemos no que sai melhor na fotografia ou votemos no que tipo do lado porque o que anterior vencedor agora nos parece uma matrafona de bigode.
Por isso é que é tão caricato ver o género de "militantes" que surgem em listas dos partidos.
Independentes com bom perfil (fotográfico, certamente) para levarem as pessoas a recordar a sua imagem e nele votar quando chegar os boletins.
Se contarmos com as piadolas que surgem pelo meio, bastava acrescentar uma apresentadora e uns néons e teríamos um espectáculo capaz de rivalizar com os Globos de Ouro. A significância que assumem para o país até já é similar...

Mas já falei das figuras bem compostas, falarei agora das Eleições Europeias.
Extensão das eleições nacionais, portanto, onde um partido começa logo a "ganhar ou perder" as futuras eleições internas.
Poderá parecer uma triste sina, uma pequenez de quem vive no rabo da Europa (qual cauda!), mas ao fim e ao cabo, ninguém nos fala da Europa que é nossa, portanto não podemos saber da nossa obrigação com a Europa e não podemos votar senão nos sujeitos menos mal parecidos para aparecerem lado a lado com os italianos sempre tão bem penteados e vestidos.

Por isso se pede que não voltem a bater no Vital Moreira.
Ele já não tem assim tão bom aspecto para ir representar Portugal, que se lhe baterem ainda fica pior!
Paguem-lhe antes um lifting!

20 de maio de 2009 às 15:41  
Blogger Sepúlveda said...

Não é preciso gozar com pessoas com visual de avôs cantigas.

Alguém me explica a razão séria pela qual não se pode eleger os nossos representantes na Europa através da votação nas legislativas?
Se na realidade se vota nas europeias como se fossem legislativas, os representantes europeus deveriam ser uma extensão das listas das legislativas. Para além disto, não estamos na UE à experiência. É uma participação (supostamente) séria que deveria estar mais enraízada no nosso sistema político e eleitoral.

20 de maio de 2009 às 18:16  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Como, infelizmente, continua perfeitamente actual, aqui deixo um desbafo que, acerca deste assunto, publiquei no "Expresso" em 7 Outubro de... 2005.

»»»»»»»»»»»

IMPORTAM-SE QUE EU VOTE?.
Faz agora quatro anos que votei para as autárquicas.

Ora, quando eu julgava que tinha ajudado a escolher as pessoas mais indicadas para tratarem de coisas como o trânsito caótico ou os excrementos de cão na cidade onde resido, eis que Guterres me informa que não foi nada disso! Sem o meu conhecimento (e menos ainda com o meu acordo), alguém decidiu que eu, afinal, tinha votado para correr com o governo dele... e o homem sumiu!

Felizmente, tempos depois, para as eleições europeias, os principais partidos tiveram a gentileza de, atempadamente, nos esclarecer que, afinal, não iríamos votar para elas:

O PS proclamou que a votação seria um «cartão amarelo» ao governo; o PCP também, só mudando a cor para vermelho; e, por fim, o próprio Durão Barroso (concordando com essa leitura quando devia ser o primeiro a contestá-la!), disse que «tinha entendido o sinal do povo», pelo que, logo que pôde, fez as malas e... «Ala!, que se faz tarde!».

E é por tudo isso que, para as eleições autárquicas de Outubro, já estou pelos cabelos só de ouvir a mesma conversa: a rapaziada dos partidos propõe-se pegar no meu (eventual...) voto, desviá-lo, e brandi-lo como se ele fosse dado para apoiar ou rejeitar o governo de Sócrates - um pouco como se eu doasse dinheiro para as vítimas do Katrina e ele fosse direitinho para as campanhas do senhor Major ou de Avelino Ferreira Torres!

20 de maio de 2009 às 18:40  
Blogger Unknown said...

Concordo que os deputados tenham ideias próprias e não sejam apenas cordeirinhos dentro dos seus partidos. Se assim fosse, bastava estar o líder no parlamento e votava pelos outros todos. Sempre faziam menos barulho...
Por outro lado, um independente que não liga o mínimo aos ideias do partido que "representa" só ajuda a deixar-nos mais confusos... Que decisões poderá tomar? Com que solidez? Com que apoio?

21 de maio de 2009 às 19:14  
Blogger dana_treller said...

Faz meia dúzia de anos que adquiri pleno direito de voto! E eis que com 18 anos... Não tinha a mínima vontade de me meter nisso...

Admito: numa geração pós-25 de Abril, à qual nada foi negado e para a qual a liberdade nas suas mais variadas dimensões era um dado adquirido (e tantas vezes mal utilizado), é sempre mais fácil nem sequer ter o trabalho de tentar perceber quem concorre a que eleições e com que ideais...

Hoje vejo as coisas de maneira diferente. Talvez tenham sido as mais variadas injustiças sofridas ao longo da faculdade que me tenham alertado para a necessidade de me envolver na escolha de quem vai zelar pelos meus direitos. Passei a prestar mais atenção à televisão, a sessões parlamentares, às caras e às vozes, às promessas e às cores...

Não demorou muito a perder todo o interesse. Cores diferentes, vozes diferentes, promessas diferentes, caras diferentes... E sempre a mesma... coisa. Na prática, no poder, traduz-se tudo no mesmo - Desilusão. E não, não são independentes ou ideias divergentes mesmo dentro da mesma casa que me animam ou alertam... Teria que ser bem mais que isso... Uma reinvenção do conceito político em Portugal - e a isto, chama-se Ilusão :).

21 de maio de 2009 às 20:17  
Blogger MTeresa said...

A nível local vêem-se muitas vezes candidatos independentes nas listas dos partidos e em algumas como cabeças de lista, o que a meu ver até se entende, pois as pessoas tendem a votar por simpatia, pelo carisma dos candidatos, por quem julgam que pode fazer alguma coisa em prol do desenvolvimento da terra em vez de votarem pela cor partidária. A terra onde vivo é bem exemplo disso: PS por tradição, foi em tempos governada pelo PSD, numa altura em que o PS não tinha nenhum candidato carismático e o PSD apresentava um bem conhecido e estimado por grande parte da população (há sempre quem não goste)! É daquelas pessoas que vai na rua e é capaz de cumprimentar quem com ele se cruza, pára para conversar à porta do café ou senta-se com os séniores a jogar uma suecada.... mas faz isto com tanta naturalidade (quer haja eleições ou não) e simplicidade que a maioria do povo gosta. O PS só conseguiu recuperar a câmara quando incluiu na sua lista um independente também bem conhecido do povo, que veio “de baixo” e foi subindo na vida. Não tem o carisma e a naturalidade do seu adversário partidário, mas o povo tem estima por ele (pelo menos os da sua cor partidária).
A meu ver nas eleições Europeias passa-se o mesmo.... escolhe-se quem julgamos que pode fazer alguma coisa para defender Portugal na União Europeia, quem tem mais carisma ou quem aparenta ter melhores contactos/relacionamentos no estrangeiro e possa ajudar o país a receber mais uns subsídios ou evitar a diminuição das quotas de produção (para falar apenas nos aspectos mais corriqueiros). Se calhar por passarmos grande parte do tempo a ouvir dizer que as eleições Europeias são um barómetro para as eleições Autárquicas, acabamos por seguir a mesma lógica de voto para as primeiras como se das segundas se tratasse! Porque ao certo, a maioria dos portugueses não sabe muito bem o que vão estes senhores fazer para Bruxelas nem como funciona a União Europeia, e tem de haver algum critério para avaliar e escolher os melhores candidatos. Então que seja o que habitualmente serve para escolher os governantes locais e pode ser que a “malta” se safe lá pela Europa, como se vai safando por cá!

22 de maio de 2009 às 15:49  
Blogger Mg said...

“…em que é que estão a votar, concretamente, os que optarem pela lista que ele encabeça?”
Ora bem: grosso modo, diria que no Partido conotado com essa lista.
Vejamos uma situação hipotética (ou nem por isso…):
Sai uma notícia na Comunicação Social dando conta que Bruxelas pretende reduzir a quota de produção de leite destinada aos produtores portugueses.
O que é que acontece? O ministro da Agricultura faz a mala, mete-se num avião e aterra num organismo europeu, para discutir, negociar, reinvindicar para os seus, melhores e mais vantajosas condições para os produtores que representa.
Se se sai bem da história, regressa a Portugal todo pimpão, qual salvador da pátria (e da sua quota leiteira) e arrecada os louros para si e para o seu Governo. Vem o PM a público dizer que é uma vitória do Governo que lidera, do País e dos Portugueses, que, a muito custo, mas também com destreza e mestria, fizeram o que já era dado como impossível.
Vitória Governamental!
Caso as coisas corram mal, e a quota seja mesmo reduzida, regressa o Ministro cabisbaixo, com um ar de impotência total de quem tudo tentou e nada conseguiu. O PM diz que tal é uma decisão da UE, que nada havia a fazer, mas que irá tentar compensar os produtores por outra via.
Derrota Governamental!
Onde ficam os Deputados Europeus no meio disto tudo? Alguém os viu? Alguém sabe qual a sua intervenção no processo? Alguém imagina, sequer, o que tentaram fazer para inverter o processo e negociar melhores condições? Alguém sabe o que anda(ra)m por lá a fazer?
Na maior parte das vezes a resposta é, claramente, Não!
Seguindo este raciocínio, é lógico, então, que as pessoas votem na lista do partido com que simpatizam (de há longa data, ou mais recentemente) ou são militantes, independentemente de essa lista ter, ou não… independentes.
Porque o que conta é o todo, e o todo é o Partido.
A inclusão de independentes, bom… é uma estratégia (tão válida como outras), levada a efeito com o objectivo de captar eleitorado de fora do seu “habitat” natural. Por vezes resulta, outras nem por isso.
Vai daí, não me espantará muito que, em face dos resultados das próximas eleições, vejemos o PS a vangloriar-se, a dar os parabéns ao Povo e a afirmar que foi um voto na Democracia, numa Europa melhor, e sobretudo, um voto (de confiança!!!) neste Governo e no contributo que este continuará a dar para mais (e melhor) Democracia e mais e melhor Europa, ou, ao invés, a Oposição a vir a terreiro declarar categoricamente que o resultado da votação foi um cartão amarelo (quiça, vermelho), ao Governo e à sua politica demagógica, de mentira e que em nada serve (nem serviu…) os interesses de Portugal aquém e além fronteiras.
Esperemos, pois, pelo final da noite de um dos próximos Domingos.

Por último, e em jeito de rodapé, referir que a lógica de votação nas Autárquicas difere um pouco das restantes eleições, baseando-se (um pouco) mais em critérios de proximidade, simpatia e conhecimento do valor dos candidatos.
Se bem que também seja verdade que esta afirmação é cada vez menos exacta à medida que as “autarquias” crescem em população, em área e em eleitorado.


(Ah!!! como eu gosto dos círculos uninominais…)

22 de maio de 2009 às 18:41  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Ver "actualização"

23 de maio de 2009 às 13:37  

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