22.9.08

Que Deus a livre da ASAE!

Por A.M. Galopim de Carvalho
QUE DEUS A LIVRE A ELA, a dona Ivone (nome fictício), e a todos nós, fieis frequentadores da sua tasquinha, na mira gulosa do melhor choco frito da Península Ibérica. Nem os mais afamados calamares, de nuestros hermanos, comidos em Ayamonte, sempre que ia de férias para o Algarve, lhes ficam à frente.
Neste pequeno estabelecimento, ao estilo das mais humildes e velhas tabernas, entra-se por uma espécie de loja com um balcão ao comprimento da sala, atrás do qual esta nossa amiga confecciona, num fogareiro a gás, os petiscos que serve, ali mesmo, aos clientes que entram para beber um copo e confraternizar de pé. É também ali que lava copos e loiça, numa pia de lioz, com água fria a correr da torneira. Levantando uma parte do tampo do balcão, junto à parede, passa-se a uma sala interior, com apenas quatro pequenas mesas, forradas a oleado, e as respectivas cadeiras e bancos. Uma outra porta desta divisão dá para um minúsculo pátio a céu aberto, que é preciso atravessar para ir ao sanitário, um cubículo à moda dos avós, daqueles que se resumem a um buraco no chão.
(...)
Texto integral [aqui] - Esta e outras crónicas do mesmo autor estão também no seu blogue, Sopas de Pedra
*
NOTA (CMR): Sugere-se que a leitura desta crónica seja acompanhada pela de «Eles estão doidos!», [aqui], e «Eles estão doidos! (II) - Comentário aos comentários», [aqui], ambas da autoria de António Barreto.

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3 Comments:

Blogger Jack said...

Tal como os artigos que normalmente leio, do meu amigo AB, a quem nunca apertei a mão nem tão pouco dirigi uma simples palavra, mas nós os portugueses somos assim, detestamos certas pessoas, porque detestamos, e somos amigos de outros, porque nos identificamos com eles. Vá-se lá saber porquê! Como estava dizendo, Galopim de Carvalho diz aquilo que nós gostaríamos de afirmar em público, mas falta-nos a coragem para o fazer. Eu sei que todas essas modernices que a ASAE nos tenta impingir fariam de nós o país mais evoluído da península ibérica, logo a seguir à Espanha, mas que Diabo, eu quero continuar a ser português, quero a minha liberdade e poder optar entre um restaurante de luxo, onde se banqueiam S. Exas. os Senhores ministros, e os pobres tascos onde o povo dá largas à sua alegria. Tascos onde se pode mandar, alto e bom som, o Primeiro e a Líder da oposição comer da mesma gamela sem ter uns quantos engravatados a olhar para o energúmeno que teve a ousadia de proferir tal sacrilégio. Parabéns pelo que escreveu GC, é sinal que nestes tempos de m.., que actualmente vivemos, ainda há pessoas lúcidas que não têm medo de dizer o que realmente sentem.

RM

22 de setembro de 2008 às 14:47  
Blogger Rosa Silvestre said...

Vivam as Donas Ivones da Península Ibérica e que a EASA não leia o texto, esperamos....

22 de setembro de 2008 às 18:12  
Blogger R. da Cunha said...

O prof. GC que tenha atenção a quem o segue, não vão os senhores da ASAE querer saber onde fica o tasquinho. E ele até pode vir a ser incomodado por publicidade perniciosa.

22 de setembro de 2008 às 19:25  

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