21.9.08

A propósito da crónica anterior

A PROPÓSITO de poluição sonora e daquilo a poderíamos chamar «direito ao sossego» (v., [aqui], um comentário a esta crónica de António Barreto), aqui deixo duas fotos.
A da esquerda mostra uma carripana estacionada em permanência na Rua do Carmo, em Lisboa, e que debita, em volume generoso e de manhã à noite, fados, fados & mais fados. A foto estaria bem (mas não veio a tempo) para ilustrar a crónica «A Baixa sem Música» que Alice Vieira publicou [aqui].
A foto da direita mostra o café aonde eu ia todas as manhãs ler o jornal. Além de ser barato e o pessoal muito simpático, era o único, nas redondezas, onde se podia estar sossegado sem ter de apanhar com um dos programas da manhã das televisões. Mas, como se vê, o dono já resolveu o problema: arranjou uma elegante estrutura em cantoneira perfurada e prantou-lhe em cima uma toalha e uma televisão... Passe bem, pois!
NOTA: Ainda pior (pois daí não é tão fácil fugir) são as salas de espera dos hospitais, das clínicas e dos consultórios: há dias, fugi duma, fui para outra... mas em vão - a única possibilidade que me davam era a de poder escolher entre dois programas diferentes ("diferentes"?).

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1 Comments:

Blogger paula said...

Interessante também é estar a fazer a consulta no gabinete ao lado dessa sala de espera. Os programas da manhã têm como é sabido, uma série de casos clínicos, contados de forma mais ou menos emotiva/dramática, sendo os "contadores" assessorados por peritos contratados para o efeito.
A consulta ( a verdadeira, a do gabinete ao lado)passa com facilidade a ter o tema do programa que "corre" no televisor da sala de espera. Lá para o fim (com sorte) lá vem uma queixa que terá motivado a consulta.
Garanto-lhes que não é fácil.

21 de setembro de 2008 às 19:21  

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