27.9.08

O suicídio dos polícias

Por Joaquim Letria
TRÊS MILITARES DA GNR e um agente da PSP suicidaram-se no espaço de cinco dias em diferentes pontos do País. O mais novo tinha 26 anos, o mais velho 33.
Alguma coisa não está bem na vida profissional dos milhares de profissionais destas forças de segurança para semelhantes actos sucederem a este ritmo e nesta proporção, já que é difícil acreditar nas justificações de “problemas passionais”. Também se desconhecem situações de dívidas e de crises familiares que chegassem ao ponto de levar homens feitos e profissionais experientes a atingirem o desespero de tão trágicos desfechos.
Nas forças de segurança, o apoio médico é insuficiente e o comando e organização terão de ser deficientes para se chegar a esta situação. Homens armados e em situações extremas não podem viver sem margem de confiança por quem deve ser protegido ou tem de ser combatido dentro da lei.
«24 Horas» de 26 de Setembro de 2008

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2 Comments:

Blogger Luís Bonito said...

E ao que parece (pelo menos ouvi na RTP um representante da profissão dizer) todos se suicidaram fardados.
Facto que parece também ter um significado.

27 de setembro de 2008 às 16:33  
Blogger Táxi Pluvioso said...

Claro. Parece que não chega, encher de porrada os criminosos, nas esquadras. Era e é uma boa terapia diária mas os tempos exigem mais. Os impostos devem ser aumentados para lhes dar férias e objectos que fazem a vida mais agradável.

Como foi frustante o caso Maddie? Não puder encher de murros as trombas daqueles ingleses. Todo o povo se sentiu traído. O desplante dos estranjas em perverter a nossa meneira de ser! Ainda hoje fico cheio de raiva. Imagino um polícia. Só lhe deve apetecer sacar da arma e desatar aos tiros.

Enquanto isso não sucede, as rusgas musculadas têm libertado a testosterona, mas o cidadão deve colaborar, indo voluntariamente às esquadras e permitindo que lhe passem a mão pelo pêlo.

28 de setembro de 2008 às 10:51  

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