26.1.07

O EMBARAÇO DA ESCOLHA

APROVEITO ESTA COLUNA para aliviar um pouco a consciência em relação á escolha que fiz dos 10 portugueses mais importantes da nossa História, respeitando as regras do jogo que o DN estabeleceu. O embaraço da escolha foi grande, face à primeira lista que fiz, pois integrava cerca de meia centena de personalidades portuguesas mais relevantes, quer da vida política quer da vida cultural. Foi a partir dela que tive de eleger apenas 10. É essa lista mais longa que aqui vou referir, poupando justificações que não cabem num espaço tão exíguo para o efeito. O critério é subjectivo e a ordem é cronológica.
Primeiro a Monarquia (1143 -1910). Entre reis e outras personalidades políticas, elegi: D. Afonso Henriques (1108-1185), D. Dinis (1261-1325), D. João I (1357-1433), D. Duarte (1391-1438), o Infante D. Pedro (1392-1449), D. João II (1455-1495), Vasco da Gama (1469-1524), o Marquês de Pombal (1699-1782), D. Pedro IV (1798-1834), Mouzinho da Silveira (1780-1849) e Fontes Pereira de Melo (1819-1887). Para a minha lista dos 10, acabei por eleger D. João II, D. Pedro IV e Fontes Pereira de Melo.
Entre homens de cultura durante a Monarquia, elegi: Fernão Lopes (1380-1459), Gil Vicente (465-1536), Grão Vasco (1475-1542), João de Barros (1496-1570), Damião de Góis (1502-1574), Pedro Nunes (1502-1578), Fernão Mendes Pinto (1510-1583), Luís de Camões (1524-1580), Padre António Vieira (1608-1697), D. Francisco Manuel de Melo (1608-1666), Carlos Seixas (1704-1742), António José da Silva (1705-1739), Luís António Verney (1713-1792), Domingos Bontempo (1771-1842), Almeida Garrett (1799-1854), Alexandre Herculano (1810-1877), Camilo Castelo Branco (1825-1890), Eça de Queiroz (1845-1900) e Cesário Verde (1855-1886). À lista dos 10, apenas foram parar Luís de Camões, António Vieira, Camilo Castelo Branco e Eça de Queirós.
No século XX, elegi Teixeira Gomes (1860-1941) e Afonso Costa (1871-1937), entre os políticos da I República. Saltei por cima do Estado Novo, já que Salazar (1889-1970) só é relevante pelas piores razões. Quanto à resistência à ditadura, ao 25 de Abril e à II República, optei por Álvaro Cunhal (1913-2005), Salgueiro Maia (1944-1992) e Mário Soares (1924), único dos vivos que citei, por ser o símbolo da democracia e da integração europeia. Só Afonso Costa e Mário Soares couberam na lista dos 10.
Percorrendo a cultura portuguesa do século XX, elegi, entre os que já morreram: Raul Brandão (1867-1930), Teixeira de Pascoaes (1877-1952), Fernando Pessoa (1888-1935), Amadeo de Souza-Cardozo (1887-1918), Aquilino Ribeiro (1885-1963), Vieira da Silva (1908-1992), Jorge de Sena (1919-1978), Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004), Amália Rodrigues (1920-1999), Mário Cesariny (1923-2006), Alexandre O’Neill (1924-1986) e José Cardoso Pires (1925-1998). Vieira da Silva está entre os 10. O embaraço da escolha foi grande. Mas alivio a consciência expondo a lista toda.
«DN» - 26.Janeiro.2007

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17 Comments:

Anonymous Anónimo said...

PORTUGAL ACABOU COM O 25 DE ABRIL.

Tanta democracia e liberdade para dar e vender, e as pessoas ainda não perceberam que Portugal, no século XX, só foi grande com o Dr. António de Oliveira Salazar. Infelizmente este país ainda é composto por energumenos e incapazes que tentam por tudo desprezar os factos históricos e denigrem constantemente (mas ineficazmente) o nome de Salazar. Ele ao menos (goste-se ou não), não enriqueceu ás custas do seu povo, ele amava portugal. Eu, como historiador e Português, custa-me aceitar que uma pessoa conceituada diga qualquer coisa como "No século XX, (...) Saltei por cima do Estado Novo, já que Salazar (1889-1970) só é relevante pelas piores razões." É triste, faz parte das actuais lavagens ao cérebro que nos tentam fazer. Ao menos na altura, essas lavagens ao cérebro existiam, mas eram em prol da grandiosa Nação Portuguesa (Não sei se se lembra do que é, uma vez que esta desapareceu há quase 33 anos), tinham um sentido. Portugal continua hoje uma ditadura, mas uma ditadura encapuçada por detrás do nome da democracia. É uma ditadura que empobrece e diminui o povo, que lhe tira a esperança e lhe hipoteca o futuro, a pior ditadura que Portugal já viveu. Salazar governou 4 décadas, a maior parte das quais bem, ele recuperou Portugal do caos em que este se envolveu nos primeiros anos da implantação da República, ele manteve a neutralidade de Portugal durante a II guerra Mundial, no entanto não foi perfeito. Cometeu erros, tal como qualquer outra pessoa, mas era humilde e carismático. Hoje temos politicos que pensam ser os maiores, que vivem de reformas e ordenados milionários, que estão mais interessados na europa do que em portugal, que não querem saber do seu povo, que nos fazem perder a alma, a esperança, e, por vezes, a vida. Desemprego, miséria, infelicidade, aumentos constantes, perda de benefícios,uma sociedade sem moral e sem valores, insegurança,etc..... Foi isto que conseguiram com o 25 de Abril. Se foi isto que queriam, foi isto que conseguiram, e então é bem feita. Só têm o que merecem.

Eu apoio Salazar como um grande homem que ele foi, mas, se fizesse uma lista dos 100+ da história de portugal, teria de incluir nome como Cunhal, Salgueiro Maia e Mário Soares, não que eu goste deles (uma vez que são ambos uns traidores), mas porque não vamos negar a sua importância na história de portugal. Por aqui se vê quem é mais democrático. Eu não salto por cima de nomes que não gosto, não tento fingir que não existiram.

Outra coisa...pela votação dos 100+, Salazar está entre os 10 primeiros (desconfio mesmo que terá ficado com um lugar no pódio).Pense nisto. Pelo menos sei que não estou sozinho.

Algo me diz que este pequeno texto irá ser retirado, mas mesmo assim tive que o escrever. Podia argumentar a tarde toda, mas tenho mais que fazer.

Portugal foi grande, e tudo acabou com o 25/4/1974 (o dia da vergonha). Só passaram trinta e tal anos, e eu pergunto: como estamos agora? De que tamanho teria de ser uma revolução para voltar a pôr este país nos eixos?

Passem bem,
João

26 de janeiro de 2007 às 16:01  
Anonymous Anónimo said...

Sr.João,
no seu texto o senhor passou o tempo a contradizer-se.
E pergunto-lhe:
-Têm a certeza do que disse?
-Têm mesmo noção de quem foi Salazar?
-Não acha que anda um pouco baralhado?
Conselho:
-Reveja a história de Portugal e nunca é tarde para abrir os olhos.

29 de janeiro de 2007 às 10:05  
Anonymous Anónimo said...

Sei bem o que digo, afirmo-o sem a menor dúvida. Estou total e absolutamente convicto da minha opinião, a qual se defende a si própria pelo estado em que Portugal se encontra hoje em dia. Basta olhar á volta.
É a minha opinião, só isso, e fundamenta-se por si só.

João

30 de janeiro de 2007 às 22:52  
Anonymous Anónimo said...

Já agora gostaria de seber de que contradições V. Exa. vê no texto. É que eu bem o revi mas não encontrei nenhuma. Bem sei que, por vezes, a verdade dói, mas o quê que se há de fazer? é a vida.

31 de janeiro de 2007 às 04:18  
Anonymous Anónimo said...

Exmo.Sr.Dr.João,
não sinto dor nenhuma, será por alguma razão?
Quando falo em contradições passo a citar "Ao menos na altura essas lavagens de cerebro existiam...", preciso de ser mais explicito?
Já não se tratando de contradições,vossa Excelência diz também:"...humilde e carismático..."(!?), tudo lhe chegava às mãos não tinha de procurar nada, era Jesuita e seguia as leis da sua crença.
Quando Vossa Excelência diz:"algo me diz que este texto irá ser retirado..." está redondamente enganado.Este bolg não utiliza a practica da censura, apesar de que um blog é como se fosse a casa do seu "administrador",administrador é o "dono" ou como lhe queiram chamar do blog.
Finalizando, nunca é tarde para se abrir os olhos e tomar consciência de que estamos errados em relação a determinados assuntos que defendemos com unhas e dentes no passado.
Desculpe a minha franqueza mas os seus ideais são muito maus e discordo a 100% com tudo o que diz sobre Salazar, desculpe Dr.Salazar.
Só mais uns pequenos pontos para ver se a memoria de Vossa Excelência fica mais refrescada:
-P.I.D.E.
-CENSURA
-DITADURA
-PAIS TOTALMENTE BLOQUEADO
-Etc.......

Nunca é tarde para se corrigir.

31 de janeiro de 2007 às 09:51  
Anonymous Anónimo said...

PIDE
CENSURA
DITADURA

Eis algo que tinhamos e que muita falta nos faz hoje em dia. Hoje somos o último país da europa em tudo o que é bom, e o primeiro no que é mau, e ainda há pessoas que se preocupam com censura e ditadura. Com franqueza.
PAIS TOTALMENTE BLOQUEADO é uma expressão fascinante, uma vez que é precisamente essa que eu utilizaria para caracterizar o Portugal de hoje, totalmente bloqueado pela U.E e pela politicazinha pós-abrilista pseudo-socialista e falsamente democrática, uma vez que só quem é cego pode defender que Portugal é hoje um estado dempocrático.

Em relação ao facto do Dr. Salazar ser uma pessoa humilde e carismática, nada posso acrescentar, uma vez que só lhe posso aconselhar que leia um pouco sobre a pessoa em questão. Nunca enriqueceu ás custas do país, nunca foi homem de grandes posses (ao contrário dos politicos pós-abrilistas em geral). Foi um homem de bem. Quem me dera ver isso em alguém no nosso governo, que só se interessa em roubar escandalosamente e em encher o bolso.

Viva o fim das regalias
Viva o aumento constante dos impostos
Viva o fim das maternidades
Viva o fecho dos hospitais
Viva as portagens dentro das cidades
Viva a corrupção no governo
Viva................


João

1 de fevereiro de 2007 às 00:46  
Anonymous Anónimo said...

Bom, penso que não vamos chegar a lado nenhum com este dialogo.
Vossa Excelência tem uma forma de estar na vida com a qual eu não me identifico.
Sobre Salazar sei o suficiente para o considerar o que já lhe descrevi.
Espero que um dia, francamente, os seus ideais mudem.

1 de fevereiro de 2007 às 10:59  
Anonymous Anónimo said...

Acho estranho que alguém que tenha vivido sobre a “pata” de Salazar e seus compinchas, quer nacionais quer internacionais, posse dizer que a censura faz falta, que a repressão faz falta, que perseguir quem não tem as mesmas ideias faz falta, que mandar matar faz falta (Dias Coelho fez falta entre tantos outros).
Estou convencido que o Senhor deve ser muito novinho e conseguiu emprenhar pelos ouvidos com palavras de outros.
Muito mais poderia dizer sobre o seu texto, mas ficará para uma próxima.

1 de fevereiro de 2007 às 19:31  
Anonymous Anónimo said...

:-)

Tenho pena que pense assim, mas penso que não merece mais comentários.
Ri e fui, mas fico com pena pois pensei que fosse mais inteligente. Já vi que não é.
Cada um tem o país por que lutou, este é o vosso.

João

2 de fevereiro de 2007 às 00:55  
Anonymous Anónimo said...

Quanto à idade ficamos na mesma. Paciência...
Quanto a "ri e fui" faz-me pensar que está ao contrário porque foi e riu depois. Porquê?
Foi ao Inferno ter com o Salazar e riu-se muito, de nervoso que ficou por ter conhecido a PEÇA.
E agora que o conhece diga-me por favor:
Ele é parecido com o Diabo ou é o próprio?

2 de fevereiro de 2007 às 18:51  
Anonymous Anónimo said...

Caro Alberto Medina(mimoso),
estava a ler os artigos deste blog e resolvi abrir os comentários deste post porque reparei que tinha mais comentários e estava convencido que ia encontrar o Exmo.Sr.Dr.por extenso João a falar sozinho, mas não era com o senhor.
Não canse os dedos a escrever para quem não merece receber opiniões e que não sabe que está na altura de abrir os olhos e começar a viver.
Um grande abraço!

2 de fevereiro de 2007 às 18:57  
Anonymous Anónimo said...

Cambada de comunas nojentos.
Sâo uns tristes. Ri de voçês que se arvoram de saber muito e não passam de pó.

3 de fevereiro de 2007 às 19:53  
Anonymous Anónimo said...

E, Senhor Medina, ele não é parecido com o diabo, pois o diabo é a besta e quem é parecido com a besta é o senhor

3 de fevereiro de 2007 às 19:54  
Anonymous Anónimo said...

Meu caro,
Primeiro não sou comunista e nada tenho contra eles.
Segundo eu não me considero triste e só me tenho rido da figura palhacenta que tem feito ao longo deste dialogo que nunca deveria ter começado porque falar consigo é como falar para um calhau.
Terceiro eu sou suficientemente humilde para dizer que não sei tudo mas alguma coisa sei e como exemplo sei que o senhor é um verdadeiro anormal.
Quarto essa do pó, enfim não sei onde quis chegar com essa metáfora provavelmente o senhor estava a utilizar algum pó quando resolver aplidar-nos de pó(!?)
Por último e lhe garanto que não quero trocar mais uma única palavra consigo só quero desejar-lhe as melhoras para o seu problema psiquico e que deixe de inalar tanto pó porque vicia. Não sei se já alguém lhe passou essa informação.Não precisa de me agradecer.

4 de fevereiro de 2007 às 02:11  
Anonymous Anónimo said...

Normalmente o ignorante é atrevido (o seu caso).
Mas o ignorante atrevido não precisa de ser malcriado (mas no seu caso é).
Normalmente o ignorante atrevido e malcriado só o é porque não tem argumentos nem capacidade para os adquirir (o seu caso).
Se um dia conseguir sair dessa escuridão toda (no seu caso é difícil, diria impossivel)avise que pode ser que volte a perder tempo consigo.

4 de fevereiro de 2007 às 12:46  
Anonymous Anónimo said...

Há quase 2 anos que visito este blogue, e faço-o porque vejo que é diferente da maioria dos outros:

Os assuntos, aqui, são interessantes e variados, os colaboradores são pessoas conhecidas e respeitadas nos meios do jornalismo, da política, da ciência e da cultura, e os comentadores são pessoas educadas. Mesmo quando há alguma discussão mais viva, nunca desce ao nível da tasca - para não dizer de estrebaria.

Confirma-se, porém, que "não há regra sem excepção".

Rosário M.

4 de fevereiro de 2007 às 12:47  
Anonymous Anónimo said...

Exma. Srª. D. Rosário
Se visita este blog há quase dois anos faz muito bem e fico agradado.
A pergunta que vou fazer pode ser considerada como tendo "enfiado algum barrete" mas não o é.
Enfim, quem é o tasqueiro?
Mas se pensar bem, falar em "tasca" e "estrebaria" não será o tal nível?
Quanto à seriedade deste blog estou completamente de acordo e esperemos que seja sempre assim, com jornalistas e não só, com pessoas comuns como eu.
Cumprimentos.

4 de fevereiro de 2007 às 15:36  

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