28.12.05

Portugal dos pobrezinhos faz "economias"

(...) A 28 de Junho, Pedro Santana Lopes, à data presidente da autarquia, mandou suspender a demolição da casa e anunciou que iria abrir um processo de valorização e tentar uma permuta com o actual proprietário, o ministro da Economia, Manuel Pinho (...).
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NOTA: Em «Comentário-4» está uma carta enviada para vários jornais; foi publicada no dia 30 Dez 05 no «Público/Local».

9 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Cada vez estou mais convencido de que fiz muito bem em votar em branco...

28 de dezembro de 2005 às 17:58  
Anonymous Anónimo said...

Pois não, mas para financiar parte dos novos estádios do Sporting e do Benfica já tem. Não temos o nível cultural e económico da Suécia, mas temos Futebol! Somos mesmo um país de terceiro mundo...

28 de dezembro de 2005 às 18:00  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Receita para a receita

Elas vão-me desculpar, mas quando oiço certas entidades oficiais a queixarem-se de falta de dinheiro, não as levo a sério. E digo isso, porque basta-me chegar à janela para ver a fortuna que esbajam imperdoavelmente:

Não é preciso fazer grandes contas de cabeça para se saber que as multas que NÃO são cobradas à infinidade de carros que atafulham os passeios da minha rua dariam para minorar (ou até resolver de vez) o famigerado problema da «falta-de-recursos».

Mas, se não se quer AUMENTAR AS RECEITAS por essa via, então podiam DIMINUIR-SE AS DESPESAS, mandando para a reforma antecipada todos os que não fazem aquilo para que são pagos pelos contribuintes: no caso presente, os agentes de autoridade que não multam, no que ficariam bem acompanhados pelos seus superiores que, pelos vistos, lhes toleram (se é que não encorajam) a inacção.

Mas, se também não se quer ir por aí, pode-se então recorrer a uma outra fonte de rendimento:

Esta, veio-me à mente no seguimento da notícia do «DN» que nos deu conta de que a PSP apreendeu o dinheiro de alguns reformados que estavam a jogar às cartas no Ajuda Clube - repetindo o que já fizera, há algum tempo, no Príncipe Real.

É que isso deu-me mais uma grande ideia para aumentar as receitas do Estado! Não, não se trataria de confiscar as carteiras de velhinhos que jogam à bisca! A ideia era a criação de um imposto sobre o RIDÍCULO.
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CMR - Publicado no «Público-Local» de hoje

28 de dezembro de 2005 às 18:05  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

Em maré de "economias"

Em tempos que já lá vão, o castelo-dos-mouros, em Sintra, correu o sério risco de ser vendido em leilão (como pedreira pronta-a-usar!) a um cavalheiro que queria fazer negócio com «aquela calhausada» toda. Felizmente, apareceu também a licitar «o imóvel» o príncipe consorte D. Fernando II a quem, nesse seguimento, devemos a recuperação do castelo, a construção romântica de toda a zona da Pena, e muito, muito mais, como se sabe.

Claro que, à primeira vista, dá que pensar como é que um estrangeiro se mostrou mais interessado em preservar um castelo conquistado por D. Afonso Henriques do que um português-de-gema - como parece que era o senhor que, pelos vistos, queria transformar um monumento nacional em paredes de casa e muros de quinta.

Mas o certo é que, nestes assuntos, não é a nacionalidade o que mais conta, mas sim outras realidades mais profundas, como a sensibilidade e a cultura de cada um.

Ah! E o dinheiro, claro! Já me estava a esquecer do dinheiro, o potente motor que, em breve, se encarregará de transformar num monte de entulho a casa onde viveu e morreu Almeida Garrett - para lucro de alguns, gozo de mais uns quantos e vergonha de todos nós, lisboetas e portugueses.

E o pior é que não há nada a fazer pois, segundo nos disseram, o edifício vai ser demolido porque a Câmara Municipal de Lisboa não tem dinheiro para «adquirir o imóvel, reabilitá-lo, musealizá-lo, geri-lo e mantê-lo» - para usar as palavras cruas e sem rodeios da Sra. D. Gabriela Seara, vereadora do Licenciamento Urbanístico.

Que diabo! A gente sabe que o proprietário é o actual ministro da Economia. Mas isso chega para explicar este «súbito acesso de economia» de toda esta ilustre (e decerto ilustrada) gente?!

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(Carta afixada no Expresso-online e enviada para o «DN», o «Público» e o «metro»)

28 de dezembro de 2005 às 22:02  
Anonymous Anónimo said...

ora, ora... o proprietário está-se cagando para a cultura, (como outros senhores antes deste, já se estiveram cagando para o segredo de justiça.... muito se caga neste país.... ) mas enfim, como ia dizendo, o ministro da economia deve estar mais interessado em números e a casita depois de demolida sempre há-de criar espaço livre para construir ali outra casita qualquer, provavelmente maior e, contas bem feitas, uns tantos apartamentos vendidos....

28 de dezembro de 2005 às 22:25  
Anonymous Anónimo said...

O que tem a casa de extraordinário?
Será algo pareciso com um castelo ou palacio?
O dinheiro para a compra, reparação e manutenção, não contribui nada para a cultura. Acredito haver muitas mais maneiras de despender esse dinheiro a favor da cultura e a obra de Almeida Garret.
JC

29 de dezembro de 2005 às 10:48  
Anonymous Anónimo said...

Caro JC,

Importa-se que divulgue o seu comentário?

29 de dezembro de 2005 às 11:11  
Anonymous Anónimo said...

Eduardo Ramos esteja à vontade
JC

29 de dezembro de 2005 às 13:59  
Blogger cãorafeiro said...

o ministro comprou a cas ao seu anterior patrão, o banco espirito santo, que emprestou ao ministro o dinheiro para a compra.

para pagar o que deve, o ministro vai construir no espaço um CONDOMÍNIO PRIVADO, depois vende as casas, excepto uma que fica para ele, e assim ainda lucra.

29 de dezembro de 2005 às 15:12  

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