30.10.05

Título para este "post", precisa-se (*)

VALE a pena ler na íntegra a notícia do Correio da Manhã de hoje (ver link ou em «Comentário-1»):

«Durante a assembleia-geral do Vitória de Setúbal (...), Chumbita Nunes, presidente do clube, foi bombardeado com todo o tipo de questões por parte dos sócios e Imprensa, tendo confirmado que tem, ao contrário dos atletas do clube, o seu vencimento de seis mil euros em dia (...) recebe mais dois mil em ajudas de custos (...)»

Atente-se também nesta parte da notícia:

«Durante a AG, os jornalistas foram o alvo preferencial dos sócios. Antes de terminar, e para evitar maior confusão, funcionários do clube levaram os jornalistas para os camarins. O espaço era tão exíguo que alguns optaram pelas escadas».

Já na 3ª feira passada pudemos ver, na TV, alguns sócios a chamar "chulos" aos jogadores que exigiam o pagamento dos salários em atraso...

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(*) Que tal «Vergonha!» ou «Falta de vergonha!»?

1 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Chumbita Nunes, presidente do clube, foi bombardeado com todo o tipo de questões por parte dos sócios e Imprensa, tendo confirmado que tem, ao contrário dos atletas do clube, o seu vencimento de seis mil euros em dia, mas o CM apurou que o líder sadino recebe mais dois mil em ajudas de custos.

“Ganho seis mil euros por mês e não tenho salários em atraso. Recebi o último esta semana. Mas também já houve alturas em que era preciso pôr dinheiro e coloquei. Eu não sou assalariado do Vitória, eu passo recibo verde ao Vitória e pago os impostos”, salientou, revelando que tem avais pessoais no valor de 887 500 euros.

“Não sou credor do clube, mas é claro que se não for pago posso sê-lo, mas por enquanto não sou”.

Confrontado com o facto dos jogadores não terem recebido nos últimos meses, o presidente deu a seguinte resposta: “Não havia dinheiro para pagar aos jogadores todos. Eu não podia pagar a uns e não pagar a outros. Não seria justo estar a dar dinheiro a alguns e os outros continuavam com os ordenados em atraso”, referiu o presidente sadino.

O CM apurou também que não é só Chumbita Nunes que tem os salários em dia. O outro administrador da SAD, José Albino, aufere um rendimento mensal de cerca de seis mil euros (com ajudas de custo incluídas) e o director desportivo Quinito, que tem um contrato de dez anos com o clube, ganha cinco mil euros/mês. Ambos têm o ordenado em dia. Curioso é o facto de Carlos Cardoso, também com contrato por dez anos, ter o seu vencimento de quatro mil euros em atraso. O CM tentou confrontar os intervenientes com a situação, mas apesar da insistência, tal não foi possível.

Chumbita Nunes, que confirmou a regularização dos ordenados até quarta-feira, lamentou a atitude tomada pelos jogadores.

“O ano passado houve quatro meses de salários em atraso e isto não aconteceu. Não me preocupa se eles estão comigo. Há jogadores que gostam de mim e outros que não”.

O dirigente apontou também baterias a Joaquim Evangelista. “Os jogadores não me podem acusar de falta de transparência. O Sindicato aparece a falar de coisas com alguma irresponsabilidade. Acusou-me de faltar à verdade e nunca falou comigo. Ele (Evangelista) sabe o meu número, porque já falou comigo noutras ocasiões”.

APONTAMENTOS

1482 SÓCIOS

O Fórum Municipal Luísa Todi rebentou pelas costuras. Às 22 horas, 1482 associados estiveram presentes numa sala cuja capacidade se cifra em 1070. Foi, sem dúvida, uma das assembleias mais concorridas da história do clube.

JORNALISTAS

Durante a AG, os jornalistas foram o alvo preferencial dos sócios. Antes de terminar, e para evitar maior confusão, funcionários do clube levaram os jornalistas para os camarins. O espaço era tão exíguo que alguns optaram pelas escadas.

BENFICA

Em relação às negociações com o Benfica, Chumbita confirmou: “São negócios que se tratam todos os dias. Nunca pedimos ajuda, mas seria normal deslocar-me lá, porque o Benfica é um gigante e nós pequeninos”.

"DIVIDIR O MAL PELAS ALDEIAS"

Joaquim Evangelista, presidente do Sindicato dos Jogadores, revelou-se ontem surpreendido com as declarações de Chumbita Nunes. Segundo o dirigente, o presidente do clube sadino deveria ter dividido parte do seu salário com os jogadores.

“Não está em questão o montante. Só tenho pena de não ter havido o bom senso de, como se diz, ‘dividir o mal pelas aldeias’. Tive a informação de que a Liga deu 75 mil euros aos clubes e não sei como não se satisfez as necessidades maiores de alguns jogadores”, revelou o dirigente, desmentindo que o Sindicato nunca tenha tentado falar à direcção do V. Setúbal: “É falso. Tentámos por diversos canais chegar ao contacto com o Sr. Chumbita Nunes. Mas quem tem um problema é o Vitória e não o Sindicato”.

Este foi um caso dramático, mas segundo Joaquim Evangelista o caso do Vitória de Setúbal foi só “a ponta do iceberg”. “Há casos bem mais graves. Em apenas um mês, tudo virá para a praça pública”.
Ricardo L. Pereira (Setúbal)

30 de outubro de 2005 às 09:28  

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