27.8.05

Gestores da caridade alheia

IMAGINE-SE que aqui se propagandeava:

Por cada visita a este blogue serão doados 1o cêntimos para as vítimas dos incêndios (ou do tsunami, ou das cheias na Índia...).

Claro que, por ser um blogue, ninguém acreditaria, mas há muitos casos de empresas comerciais que adoptam esse princípio e não se dão nada mal com isso...

Eu tive uma tia que, não sendo rica, dava sempre esmola. Mas fazia-o directamente aos «seus pobres e necessitados», nunca aceitando a ideia de dar a Fulano para este entregar a Cicrano.

- O quê? Além de não saber onde iria parar o meu dinheiro, vocês é que ficavam com a fama de caridosos? Vão passear, meus lindos, vão passear...

3 Comments:

Anonymous Anónimo said...

E a barracada que foi quando se soube que os caridosos gestores da "Abraço" têm salários de gestores-de-topo?

E quando a Cruz-Vermelha andou a oferecer chá e flores com o dinheiro das esmolas?

27 de agosto de 2005 às 18:54  
Blogger Carlos Medina Ribeiro said...

E já repararam que nenhum candidato a Presidente da CML fala em acabar com a mendicidade profissional, nomeadamente com a praga que infesta o Metro?

27 de agosto de 2005 às 18:56  
Anonymous Anónimo said...

Aquela história do dinheiro para flores e para chás foi com a Cruz Vermelha ou com a Liga Portuguesa Contra o Cancro?
Francamente, não sei.
Para mim, todos esses peditórios de rua deixam-me céptica e desconfiada.

Então quando se trata de dinheiros para África, pior ainda. O que lá chega é uma pequena parcela do que se envia. (Se é que lá chega alguma coisa!).

Lembram-se, há MUUUUUITOS anos, de uma grande operação de caridade chamada "Pirâmide", que encheu a RTP um dia inteiro?
Lembro-me que muito tempo depois ainda não havia contas do dinheiro.

Portugal ainda recentemente teve de devolver dinheiro da Europa que não foi aplicado em auxílios devido à burocracia.
Por isso, também concordo que o melhor, se quisermos ser solidários, é ir aos sítios e dar directamente. Ou ajudar de qualquer forma que esteja ao nosso alcance.

Rosa M. C.

27 de agosto de 2005 às 21:00  

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