18.5.05

Autocrítica

Tendo em conta que o tema das aldrabices e das tropelias já provoca enjoo, procurei uma imagem alusiva a tão incómoda sensação.

Legenda: Don Weatherston, for many years chief steward on the S.S. Fort Hamilton, of the Bermudan Line, and Miss Edna Freeze (...) have devised a specially constructed corset which they claim to be a sure cure for seasickness.

O corpete anti-enjoo pode ser facilmente convertido em tanga, e vice-versa.

2 Comments:

Anonymous Anónimo said...

Desde aquela que o Barroso dizia que Portugal usava, até às "tangas" que nos estão a pregar agora, em matéria desses artefactos já estamos bem servidos.

Duarte

18 de maio de 2005 às 23:27  
Anonymous Anónimo said...

TEATRO (Texto de Sarsfield Cabral, no «DN» de hoje):
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Durante a campanha eleitoral de 2002 Durão Barroso acusou o Gover- no socialista de descontrolar as contas do Estado, apontando um défice que ele estimava andar pelos 5% do PIB. Entretanto, prometeu um choque fiscal, para baixar impostos. Tendo ganho as eleições, Barroso pediu a uma comissão presidida por Vítor Constâncio para apurar o valor real do défice em 2001. Surpresa e escândalo! Afinal o défice era de… 4,1%, furando o limite do Pacto de Estabilidade (3%) mas inferior ao denunciado pelo PSD. A prometida descida de impostos transformou- -se em subida do IVA.

Teatro semelhante acontece agora, desta vez com o PS a governar. Na campanha eleitoral e até hoje como primeiro-ministro, Sócrates desdramatizou o desequilíbrio das contas públicas. Antes, Santana Lopes fizera pior considerou resolvido o problema, proclamando o fim da austeridade. Em Novembro, o PS criticou o Orçamento de Santana e Bagão Félix por demasiado optimista, no que não foi muito original. Entretanto, houve eleições e uma longa paragem governativa (excepto para alguns negócios). E temos o petróleo bem acima das previsões orçamentais e a economia -- portuguesa e europeia - quase a estagnar. Assim, as contas do Estado só poderiam piorar, como se percebe.

O ministro das Finanças já apontara há dois meses para um défice superior a 6,5%. Qual é, então, a surpresa se o défice apurado por Constâncio for de 7% ou mesmo um pouco mais?

Finge-se agora grande espanto porque antes se desvalorizou o problema, prometendo facilidades - não subir impostos, Scut, benefícios sociais, etc. Vai, pois, ser penosa a pedagogia das "medidas difíceis". É que este repetido teatro dos políticos já enjoa e não engana ninguém. As falsas surpresas talvez só iludam aqueles que as fabricam e se autoconvencem com as suas fantasias.
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http://dn.sapo.pt/2005/05/19/opiniao/teatro.html

19 de maio de 2005 às 17:10  

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